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DA CENTÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA
DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 12-11-2014.
Aos
doze dias do mês de novembro do ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no
Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto
Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada,
respondida pelos vereadores Cassio Trogildo, Elizandro Sabino, Fernanda
Melchionna, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Mario Fraga, Mauro
Pinheiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Professor Garcia, Reginaldo Pujol e
Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores
Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Engº
Comassetto, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, João Derly, Kevin
Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Pedro Ruas, Sofia
Cavedon e Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado o Projeto de Lei Complementar
do Legislativo nº 025/14 (Processo nº 2094/14), de autoria do vereador Marcelo
Sgarbossa. A seguir, foi apregoado o Memorando nº 004/14,
de autoria do vereador Engº Comassetto,
informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua
participação, do dia vinte e nove ao dia trinta e um de outubro do corrente, na
42ª Reunião do Conselho Nacional das Cidades, em Brasília – DF. Do
EXPEDIENTE, constou o Ofício no 918/14, de Marcos Alexandre Almeida,
Coordenador de Filial da Caixa Econômica Federal. Na ocasião, o Presidente
convidou a integrar a Mesa Cleber Vieira, Presidente do Sindicato Rural de
Porto Alegre, Manoella dos Santos, Rainha, e Natália Pfitzer e Silvia Marques,
Princesas da 30ª Festa do Pêssego. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os
vereadores Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Cassio Trogildo, Engº Comassetto
e Sofia Cavedon. Às quinze horas e sete minutos, constatada a existência de
quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após,
foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria do vereador Waldir Canal, Líder da
Bancada do PRB, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 090/14 (Processo nº
0930/14), e foi aprovado Requerimento de sua autoria, solicitando que essa
Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em
Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº
007/14 (Processo nº 0401/14), após ser discutido pelos vereadores Sofia
Cavedon, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Reginaldo Pujol, Alceu Brasinha,
Delegado Cleiton, Tarciso Flecha Negra, Waldir Canal, Fernanda Melchionna,
Mario Fraga, Engº Comassetto, Jussara Cony e Mario Manfro. Durante a
apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 007/14, o vereador Mauro
Pinheiro cedeu seu tempo de discussão à
vereadora Sofia Cavedon. Na ocasião, foram apregoados a Emenda nº 01, de
autoria do vereador Engº Comassetto, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei
do Executivo nº 007/14, e Requerimento de autoria da vereadora Sofia Cavedon,
deferido pelo Presidente, solicitando a votação em destaque dessa Emenda. Após, foi apregoada a Emenda nº 02, de
autoria do vereador Engº Comassetto, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei
do Executivo nº 007/14. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda
nº 01 aposta ao Projeto
de Lei do Executivo nº 007/14, por oito votos SIM e quinze votos NÃO, após ser
encaminhada à votação pelos vereadores Sofia Cavedon, Dr. Thiago, Delegado
Cleiton, Marcelo Sgarbossa, Reginaldo Pujol e Idenir Cecchim, em votação
nominal solicitada pelo vereador João Carlos Nedel, tendo votado Sim os
vereadores Alberto Kopittke, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara
Cony, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon e votado
Não os vereadores Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dr.
Thiago, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, Kevin Krieger, Mario Fraga, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo
Pujol, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Foi rejeitada a Emenda nº 02 aposta ao
Projeto de Lei do Executivo nº 007/14, por sete votos SIM, treze votos NÃO e
três ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo vereador João Carlos
Nedel, tendo votado Sim os vereadores Alberto Kopittke, Engº Comassetto,
Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Mario Fraga, Mauro Pinheiro e Waldir Canal, votado Não os
vereadores Alceu
Brasinha, Cassio Trogildo, Dr. Thiago, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Mario Manfro,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Tarciso Flecha Negra e optado
pela Abstenção os vereadores Delegado Cleiton, Fernanda Melchionna e Sofia
Cavedon. Foi
aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 007/14, por dezenove votos SIM e
cinco votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Mauro Pinheiro,
tendo votado Sim os vereadores Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Cassio
Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Kevin Krieger, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum,
Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e votado Não os vereadores
Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro e Sofia
Cavedon. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
021/13 (Processo nº 0527/13), por onze votos SIM e dez votos NÃO, após ser
encaminhado à votação pelos vereadores Sofia Cavedon, Mauro Pinheiro, Reginaldo
Pujol e Dr. Thiago, em votação nominal solicitada pelo vereador Engº Comassetto,
tendo votado Sim os vereadores Cassio Trogildo, Dr. Thiago, Elizandro Sabino,
Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Mario Manfro,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Tarciso Flecha Negra e votado
Não os vereadores Delegado Cleiton, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna,
Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo
Sgarbossa, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon. Após, foi aprovado Requerimento de
autoria do vereador João Carlos Nedel, solicitando adiamento da discussão por
uma Sessão do Projeto de Lei do Legislativo nº 297/13 (Processo nº 2667/13). Em
Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº
015/14 (Processo nº 0251/14). Foi rejeitada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 015/14, por cinco votos SIM, nove votos NÃO e sete
ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo vereador Professor Garcia, tendo
votado Sim os vereadores Delegado Cleiton, Guilherme Socias Villela, João
Carlos Nedel, Mario Fraga e Mario Manfro, votado Não os vereadores Alberto
Kopittke, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony,
Marcelo Sgarbossa, Paulinho Motorista, Reginaldo Pujol e Sofia Cavedon e optado
pela Abstenção os vereadores Cassio Trogildo, Dr. Thiago, Idenir Cecchim, João
Bosco Vaz, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger e Tarciso Flecha Negra. Em face da
rejeição da Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 015/14, o
Presidente declarou prejudicada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01. Foi aprovado
o Projeto de Lei do Legislativo nº 015/14 por vinte e um votos SIM, em votação
nominal solicitada pelo vereador Professor Garcia, tendo votado os vereadores
Alberto Kopittke, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Elizandro
Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger,
Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Fraga, Mario Manfro, Paulinho
Motorista, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 034/14 (Processo
nº 2269/14). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 107/14 (Processo nº 1099/14). Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 226/11 (Processo nº 4003/11), após
ser discutido pelo vereador Reginaldo Pujol. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 054/14 (Processo nº 0617/14). Na ocasião,
foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Mario Fraga e adendado
pelo vereador Professor Garcia, solicitando alteração na ordem de priorização
da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 049/13 (Processo nº 3391/13). Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
058/14 (Processo nº 0632/14). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Lei do Executivo nº 022/14 (Processo nº 1551/14). Em Votação, foi
aprovado o Requerimento nº 098/14 (Processo nº 2553/14). Às dezoito
horas e sete minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, em
verificação solicitada pela vereadora Fernanda Melchionna, o Presidente
declarou encerrada a Ordem do Dia. A seguir, por solicitação do vereador
Marcelo Sgarbossa, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma a
Elly Herz Genro, falecida no dia de ontem. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram, em 1ª Sessão, o Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 007/14, discutido pelos vereadores Reginaldo
Pujol, Cassio Trogildo e Sofia Cavedon, os Projetos de Lei do Legislativo nos
210/14, 215, 217 e 226/14, estes discutidos pelo vereador Idenir Cecchim, e
227/14, este discutido pelo vereador Delegado Cleiton. Durante a
Sessão, os vereadores Tarciso Flecha Negra, Paulinho Motorista, Jussara Cony,
Delegado Cleiton, Reginaldo Pujol, Mario Fraga, Dr. Thiago, Lourdes Sprenger e
Sofia Cavedon manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Durante a
Sessão, foram registradas as presenças, neste Plenário, de alunos
participantes do Projeto Vereadores por um Dia, da Câmara Municipal de Flores
da Cunha, em visita orientada integrante do Projeto de Educação Política
desenvolvido pela Seção de Memorial deste Legislativo, acompanhados pelos
vereadores Valdomiro Visiminski e Jorge de Godoy, este Presidente da Câmara
Municipal de Flores da Cunha – RS. Às dezoito horas e trinta e três minutos, o
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a
Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos vereadores Professor Garcia, Mauro Pinheiro e Delegado Cleiton
e secretariados pelo vereador Reginaldo Pujol. Do que foi lavrada a presente
Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo
Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Solicitamos que o Sr. Cleber Vieira, Presidente
do Sindicato Rural de Porto Alegre, bem como as Srtas. Manoella dos Santos,
Natália Pfitzer e Silvia Marques, respectivamente Rainha, 1ª e 2ª Princesas da
Feira do Pêssego, nos acompanhem à Mesa dos trabalhos. Os visitantes estão
divulgando a 30ª Festa do Pêssego Municipal. (Palmas.)
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; Sr. Cleber Vieira,
Presidente do Sindicato Rural de Porto Alegre; Srta. Manoella dos Santos,
Rainha da Festa do Pêssego; Srta. Natália Pfitzer, 1ª Princesa; Srta. Silvia
Marques, 2ª Princesa; uma saudação também à Marisa Martins, que é assessora do
Sindicato.
Presidente Garcia, hoje, nesta quarta-feira de
chuva, ganhamos um presente, que é a presença da rainha, das princesas e do
presidente do Sindicato, que promovem uma das festas mais tradicionais de Porto
Alegre, a Festa do Pêssego. Nós produzimos, em Porto Alegre, o melhor pêssego
de mesa do Brasil. Isso não é pouca coisa. Nós temos uma grande produção de
pêssego aqui em Porto Alegre, na Zona Sul. Esta visita coincide com o envio,
por parte do Executivo, de um projeto de lei que destaca uma área para ser
preservada, uma área agrícola de Porto Alegre. A preservação de um pulmão verde
da nossa Cidade. Eu acho isso, Presidente Cleber, Presidente Garcia, uma
coincidência muito interessante e importante. Nós todos vamos tratar esse
assunto da preservação da área agrícola de Porto Alegre com muito interesse,
com muito carinho, com muita responsabilidade. Nós queremos que isto permaneça,
que a cada ano as rainhas estejam aqui, com a produção de Porto Alegre. Eu tive
a honra de ser Secretário da Indústria e Comércio por seis anos, participar
dessas festas que aconteceram lá na área rural: a Festa do Pêssego, da Uva, as
festas que acontecem na Zona Sul de Porto Alegre, com o Sindicato Rural. Estas
são, talvez, as festas mais importantes, mais tradicionais, onde a população lá
da Zona Norte, de onde eu sou, consegue chegar até a Zona Sul, ir à Festa do
Pêssego e saber que essa produção é produzida aqui, em Porto Alegre, a Capital
que tem a segunda maior área agrícola das capitais brasileiras. Isso precisa
ser preservado, precisa ser incentivado, precisa ser respeitado e precisa ser
divulgado, e é o que cada um de nós, Vereadores, cada um de nós, aqui da
Prefeitura, deve fazer, divulgar junto com o presidente, junto com as rainhas.
Todos nós devemos fazer essa divulgação e levar para todos os cantos esse
anúncio da grande festa que ocorre lá na Zona Sul de Porto Alegre. O presidente
do Sindicato, Sr. Cleber Vieira, também é presidente da Federação Gaúcha dos
Laçadores, e eu quero dizer, Ver. Delegado Cleiton, que eu estou nessa
Associação. Eu quero questionar muito o MTG e dizer ao Cleber que nós estamos
nessa cruzada que ele está fazendo pelo Rio Grande afora para enfrentar esses
burocratas, pois o MTG está explorando esse Acampamento Farroupilha há muitos
anos, e nós temos que começar a tirar a limpo isso. Já chamamos o MTG na
Comissão de Economia e Finanças para que explique por que se explora tanto essa
área da cidade de Porto Alegre sem prestar contas. E quando prestam contas,
muitas vezes, são notas frias, e digo isso com toda a responsabilidade que
tenho. Precisa ser esclarecido, precisa ser mais transparente o que se faz aqui
no chamado Acampamento Farroupilha, pois é uma verdadeira exploração com o
Município, mas principalmente com quem precisa chegar no estacionamento e
estacionar o seu carro. É uma exploração com a população de Porto Alegre o que
o MTG, com seus asseclas, faz em cima da população. Precisa, urgentemente, que
a Secretaria de Cultura tome providências, que a Prefeitura tome providências
para que se faça uma coisa democrática, sem gastar o dinheiro público, sem
gastar o dinheiro do Município e engordar as finanças de poucos...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. IDENIR
CECCHIM:
...que exploram uma das melhores festas que a cidade de Porto Alegre tem, o
Acampamento Farroupilha. Felizmente nós temos o Rodeio de Porto Alegre que é
uma grande festa que nós precisamos olhar com muito carinho também. Quero dizer
às rainhas e ao presidente: “Bem-vindos, sucesso para vocês”, pois para nós o
sucesso da Festa do Pêssego é o sucesso da cidade de Porto Alegre. Muito
obrigado pela visita. Um abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, vejam
como o mundo gira rápido: ontem eu saudei, desta tribuna, o Prefeito Professor
Garcia e hoje eu saúdo o Presidente da Casa, Ver. Professor Garcia. Quero dar
as boas-vindas ao Cleber Vieira e a essas lindas meninas que vieram embelezar
esta Casa e cumprimentá-los pela realização da Feira do Pêssego. Quero levar a
Feira do Pêssego no sentido turístico, pois sou Presidente da Frente
Parlamentar do Turismo nesta Casa e vejo a Feira do Pêssego como um grande
evento que pode melhorar e acelerar o turismo da nossa Cidade. Estivemos lá, no
ano passado, compramos muitos pêssegos e minha cunhada comprou uma bolsa
bacana, com a qual ela viaja, feita aqui em Porto Alegre e exposta lá na Feira
do Pêssego.
Hoje tivemos duas notícias de eventos
turísticos: tivemos o lançamento da Copa Los Haroldos de Golfe, lá no Belém
Novo Golfe Clube. É uma copa internacional, Paulinho, tu que moras lá por
perto, que vai se realizar neste final de semana no Belém Novo, e eles estão
convidando os Vereadores para lá comparecerem. Já em dezembro, os cinco
finalistas desta fase de Porto Alegre vão disputar em Buenos Aires a final
internacional, na área da América do Sul, e depois vão a Miami disputar o
Campeonato Mundial de Golfe amador lá nos Estados Unidos. Porto Alegre está
também sediando este grande evento turístico na área do esporte. Tivemos a
notícia de que se realizou o segundo torneio de Beach Tennis. Já ouviram falar
em Beach Tennis? Vejam, é um esporte que se realiza em cancha de areia, com
rede de vôlei, jogado com raquete de tênis de madeira. É um esporte que está
pegando muito em Porto Alegre. Foram 120 duplas, masculinas, femininas, mistas
e com mais de 50 anos. Ver. Garcia, no ano que vem nós podemos disputar essa
modalidade de Beach Tennis acima dos 50.
Quero saudar o Cleber pelo projeto da Zona Rural
do Município, que já está na Pauta desta Casa e deverá ser analisado.
Quero também saudar a presença no plenário, pela
primeira vez, do estagiário do meu gabinete, Sr. Gustavo Müller Alves, que veio
conhecer de perto o funcionamento do plenário da Casa.
Cleber, seja bem-vindo! Você trouxe umas meninas
para embelezar esta Casa. Até o Ver. Professor Garcia ficou mais bonito perto
dessas meninas.
Então, senhores, vamos incentivar o turismo de
Porto Alegre, participando da Feira do Pêssego no Centro de Eventos Ver. Ervino
Besson, na Vila Nova. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O Sr. Tarciso Flecha Negra:
Sr.
Presidente, em nome do PSD, quero cumprimentar o Presidente Cleber Vieira, a
rainha e as princesas, e parabenizar o Ver. Cecchim pela fala. Estamos aqui
torcendo, este Vereador está junto com vocês. Ali no Lami, eu tive uma pequena
chácara no Lajeado, com muito pêssego, essa fruta maravilhosa. E estamos aqui
para ajudar o turismo e mostrar o que Porto Alegre tem de bom e gostoso.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Sr.
Presidente, Ver. Professor Garcia; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, saúdo, em
especial, o Sr. Cleber Vieira, Presidente do Sindicato Rural, também a Marisa
Martins que está presente conosco aqui, a nossa rainha Manoela, as princesas
Natália e Sílvia. Gostaria de fazer uma grande saudação para a 23ª Feira
Estadual do Pêssego e a 30º Festa do Pêssego de Porto Alegre, que acontece lá
na Vila Nova. (Mostra folder.) E eu,
Cleber, tenho uma grande satisfação de poder vir a esta tribuna, Ver. Idenir
Cecchim, porque sou filho da Vila Nova, nasci na Av. Vicente Monteggia, nº
1.535. Então, quando digo que sou de Porto Alegre, eu digo que sou do “interior”
de Porto Alegre, porque há 46 anos, a Vila Nova era, realmente, uma vila nova,
era uma área rural. Porque, além das grandes plantações de pêssego, havia muita
plantação de pera. Então me criei por ali, por aquelas plantações, andando a
cavalo, na grande característica que tinha toda essa região de Porto Alegre. E
quando a gente vai mais para o Extremo-Sul, onde mora hoje o Ver. Engº
Comassetto, a gente lembra como era essa região. E digo que Porto Alegre fez
uma homenagem muito especial no Centro de Eventos lá da Vila Nova, onde
acontece a Feira do Pêssego, ao colocar o nome do Ver. Ervino Besson, nosso
saudoso Vereador aqui. É uma grande homenagem, e que bom que lá continue
acontecendo a Festa do Pêssego, porque não há Vereador nesta cidade que mais
prestigiou esta festa do que o nosso saudoso Ver. Ervino Besson, querido amigo,
que também era dali, da nossa Zona Sul, muito vinculado à Cidade de Deus.
Então, parabéns Cleber, parabéns à rainha e às princesas, que se possa ter mais
uma grande festa ali. Desde a época em que era ainda no salão da Igreja São
José sempre foi uma grande festa, Ver. Nedel. Mas aproveito aqui, também, neste
tempo de Liderança do PTB, para fazer um agradecimento, em meu nome, em nome de
toda Bancada do PTB, pela participação e aprovação de todos os Vereadores desta
Casa, na última segunda-feira, quando estávamos com as galerias lotadas, ao
projeto de lei que mudou a forma de isenção para os policiais militares e para
os guardas municipais nos ônibus de Porto Alegre.
Acredito que esta Casa deu uma demonstração de
que está muito vigilante em relação aos temas concernentes ao cotidiano, ao dia
a dia da Cidade.
E o episódio que motivou esse projeto aconteceu
no dia 16 de outubro. No dia 17 de outubro, nós protocolamos o projeto nesta
Casa. E na segunda-feira, dia 10 de novembro, 24 dias depois, com grande
esforço feito pela Presidência da Casa, pela Mesa Diretora, pelo Colégio de
Líderes, que chamaram uma Reunião Conjunta das Comissões para acelerarmos esse
processo. Então, na tarde de segunda-feira, chegamos ao resultado final, que,
com certeza, vai trazer mais condições de segurança na utilização dos ônibus em
Porto Alegre, tanto para os policiais militares, quanto para a nossa Guarda
Municipal.
Esse projeto tem uma autoria, porque, por uma
questão burocrática, tivemos que tem que subscrevê-lo, mas, com certeza, vai
ficar marcado na Cidade como um projeto do conjunto dos Vereadores de Porto
Alegre, da cidade de Porto Alegre, que compreendeu o momento em que vivíamos, e
fez essa alteração importante na legislação, propiciando um cartão de isenção,
emitido pela EPTC, além da farda que vai continuar como opção, para que os
policiais militares possam fazer uso dos ônibus juntamente com os guardas
municipais. Obrigado. Um grande abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O Sr. Paulinho Motorista: Boa tarde, Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, boa tarde a todos os presentes,
ao meu amigo Cleber, às nossas rainhas, em nome do PSB, meu nome e do Ver.
Ferronato, queremos agradecer-lhe a presença, e dizer, Cleber, que sempre
acompanho o teu trabalho maravilhoso, a luta pela nossa área rural no
Extremo-Sul.
E, também, ao Ver. Cecchim, porque, quando foi
Secretário da SMIC, muito lutou pela nossa área rural, nosso Ver. Cecchim,
muito obrigado.
Então, é um prazer que vocês estejam aqui, hoje,
o nosso presidente do Sindicato e as rainhas.
A Sra. Jussara Cony: Sr. Presidente.
Primeiro, é um prazer tê-las aqui. Além do quesito da beleza já citada, quero
citar o quesito do significado da participação da mulher em todas as instâncias
da vida de uma nação. E vocês aqui representam um setor dinâmico, econômico da
nossa Zona Rural, do entorno de Porto Alegre, e não pode morrer a Festa do
Pêssego, porque ela é um patrimônio da nossa Cidade. Então eu quero fazer essa
referência do significado de vocês, como rainha, e princesas, porque é o
significado das mulheres inseridas no processo da nossa sociedade. Como mulher,
como Diretora da União Brasileira de Mulheres, tenho muito prazer em tê-las
aqui. E quero também dizer ao Sérgio que eu tive a felicidade de ser
farmacêutica, de me formar pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e me
dedicar a essa área de plantas medicinais, aromáticas, condimentares. E pude
contribuir, em 2003, na primeira etapa do Governo Lula, nacionalmente, como
Deputada. E, agora, esta Casa aprovou também o mesmo projeto de minha autoria,
que é a política municipal de plantas medicinais, aromáticas, condimentares em
sintonia com a política estadual e a política nacional.
Eu tenho um sonho o qual quero dizer hoje aqui
para vocês – e vou lá à Festa do Pêssego –: de que nós possamos integrar essas
políticas, porque é uma política que dinamiza a economia, resgata o saber
popular e, sem dúvida nenhuma, é um fator de soberania nacional, assim como o é
nós termos a possibilidade do nosso plantio, daquelas frutas, sementes,
inclusive, que são nossas. É o resgate, inclusive, de uma tradição do Rio
Grande do Sul e do Brasil. Então, é muito importante vocês estarem aqui,
parabéns e obrigada por essa presença! E não esqueçam, vocês três, além da
beleza que nós, mulheres, temos – e vocês são o esplendor dessa beleza –, nós
somos fundamentais para uma nação no sentido da sua construção num mundo de
igualdade. Obrigada, gurias.
O Sr. Delegado Cleiton:
Sr.
Presidente; Manoela dos Santos, a rainha; Natália e Silvia Marques, princesas,
e Marisa Martins, e meu querido amigo Cleber. Não há como falar da área rural
e, especialmente, da Festa do Pêssego, sem falar no nosso saudoso e eterno
Vereador Ervino, então eu venho aqui fazer uma homenagem a ele pela batalha,
pela luta que sempre teve em torno da área rural. É importante que tenhamos
aqui uma discussão bem ampla a respeito das áreas rurais de Porto Alegre, em
defesa dos agricultores, dos pequenos agricultores, quanto dos produtos
orgânicos que tem aquela região. Então essa defesa aqui, com certeza, o nosso
partido, o Presidente Dr. Thiago irá travar em defesa das áreas rurais de Porto
Alegre. Então saúdo a presença de todos – o Presidente, ontem, era Prefeito.
Vida longa à Festa do Pêssego, na Vila Nova!
O Sr. Reginaldo Pujol: Presidente, eu
quero me somar às manifestações que já ocorreram e saudar a liderança que nos
prestigia, mais uma vez, com a sua presença, hoje acompanhado por essas moças
cuja beleza já tive a oportunidade de proclamar na minha estada, no último
sábado, quando da abertura oficial da Semana do Pêssego, lá naquele lugar
maravilhoso, que tem o nome do nosso ex-colega Ervino Besson. Acho que o dia é
muito especial, não só para a Câmara de Vereadores, mas especialmente para as
lideranças comunitárias. Labuto não diria pela renovação da área rural, mas
pela nova área rural do Município, como eu entendo que deve ser considerado
esse projeto que, pela primeira vez, eu pego na mão no dia de hoje. Já observo,
até pelos comentários anteriores que tinha recebido, a criação de várias
subunidades, ao entendimento que, em determinados locais, não pode haver
continuidade plena, tem que haver retalhos, manchas. Certamente, aquilo que eu
antevi, que nós teríamos possibilidade de, com muito carinho, com muita
atenção, olhar esse projeto, para dar, com a brevidade devida, uma boa solução,
vai ser permitido.
Não tenha dúvida nenhuma que as lideranças da
Casa têm muito respeito pelo trabalho de vocês. Acho que é importante a
produção primária no Município. Nós entendemos – eu, pessoalmente, também
entendo – até que a definição que hoje tem de zona de produção primária se
ajustaria, mas, infelizmente, não é o que entendem os órgãos federais, não é o
que entendem os órgãos estaduais e nós temos que nos adaptar dentro da
realidade.
Sejam bem-vindos! É um colírio para os olhos dos
Vereadores tê-las presente aqui, e a certeza de que o assunto objeto das suas
presenças, muito mais do que promover a Festa do Pêssego, é o seu interesse no
Projeto da Área Rural, o qual será carinhosa e respeitosamente tratado. Fiquem
tranquilos.
O Sr. Mario Fraga: Trago um
abraço, presidente Cleber, rainhas e princesas, como Líder do Governo do
Prefeito Fortunati, do Vice-Prefeito Sebastião Melo desejando muitas
felicidades, muita sorte para vocês. Pessoalmente, quero dizer que durante dez
ou 15 anos eu participei da Festa; meu irmão foi presidente da Associação
Jardim Vila Nova durante 12 anos, construiu a sede, e eu, por vias de direito e
de fato, acompanho o trabalho do Cleber há muito tempo, talvez há mais de 30
anos, nas suas lidas campeiras, futebolísticas e agora rurais. Então vocês
estão muito bem acompanhadas. Estou feliz por estarem aqui na Casa em um dia de
muito trabalho. Vida longa para vocês! Obrigado.
O Sr. Dr. Thiago: Eu gostaria de
parabenizá-los pela Festa do Pêssego; quero ressaltar a questão da zona rural
de Porto Alegre, uma zona produtiva e muito importante para a Cidade,
principalmente agora, quando começamos a discutir o projeto do retorno da zona
rural para Porto Alegre. Parabéns, Cleber! Parabéns ao Sindicato Rural! Que
cada vez mais o Centro de Eventos Ervino Besson traga mais inspiração para a
nossa zona rural de Porto Alegre! Parabéns!
A Sra. Sofia Cavedon: Cleber, a quem
tive a honra de conhecer mais de perto, quando Presidente desta Casa; meninas
maravilhosas que representam a nossa Festa, estamos orgulhosos em recebê-las.
Sempre se recebe as rainhas e comitivas do Interior, e agora Porto Alegre está
dando visibilidade às suas meninas. Apenas quero acrescentar a tudo que foi
dito aqui o quanto nós prezamos a área rural. No ano passado, visitamos os
Caminhos Rurais e há muitos desafios. O nosso compromisso é fortalecer essa
Festa, e o debate da zona rural também vai ajudar nisso. Mas também evoluir no
cuidado, na sinalização, na limpeza, nas vias, nos caminhos rurais, na
integração com a propaganda que a Cidade faz de si. E chamo a atenção de um
projeto que eu acho que é fundamental, um programa que precisa retornar com
força, que é a compra dos alimentos diretamente dos nossos agricultores para a
alimentação escolar, Professor Garcia, que o Município de Porto Alegre,
infelizmente, depois da primeira experiência que nós fizemos não retomou, e
acho que é hora de usarmos os recursos da alimentação escolar para valorizarmos
o nosso agricultor familiar. Parabéns, gurias, uma grande Festa! Parabéns,
Cleber, nós vamos espiar a Festa.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr.
Presidente, quero, em nome do Partido dos Trabalhadores, iniciar cumprimentando
o Cleber, presidente do sindicato rural, do qual tenho o prazer de fazer parte
de seu quadro associativo; cumprimento a Manoela, nossa rainha da Festa do
Pêssego; a Natália e a Silvia, que são a 1ª e a 2ª princesas. Dizer,
principalmente, aos ouvintes e às nossas rainhas – vou assim chamá-las – que
representam também a juventude que essa luta de Porto Alegre pela zona rural,
pela produção primária, pela preservação ambiental é uma luta que já transcorre
há décadas. E, particularmente, tenho o prazer de, desde 1989 estar inserido
neste debate – não só no debate, como ajudando a construir etapas. Eu tive o
prazer, na Administração do Olívio Dutra, de fundar a Festa da Uva e da Ameixa
em Belém Velho, que hoje se funde dentro desse processo; também de participar
todos os anos da abertura da Festa do Pêssego; e quero registrar aqui que
fiquei muito sentido porque não recebemos o convite para a abertura desta
Semana – só por isso não estivemos lá.
Esse é um processo rico da cidade de Porto
Alegre, tem que ser mantido. Eu, como o Presidente, moramos justamente no
epicentro da chamada zona rural – eu, mais próximo da orla; ele, mais próximo
dos morros de Porto Alegre. E tem um conjunto de programas e de conquistas. Eu
quero falar aos colegas Vereadores que também estamos recebendo o projeto para
rever a distribuição territorial. Mas até nós vencermos essa etapa, Presidente,
há um conjunto de conquistas que ainda precisam ser resolvidas, como, por
exemplo, o projeto que votamos nesta Casa para que todos os agricultores tenham
o direito à isenção tributária. E há muitos outros processos que ainda não se
efetivaram, depois de 11 anos valendo essa legislação e potencialização.
Então, eu quero chamar aqui a atenção,
principalmente da Secretaria da Fazenda, que é importante concluir essa
isenção, até mesmo porque a lei mantém todo o conjunto de benefícios
conquistados e os programas que hoje estão em vigência. Vendo aqui o Ver.
Nedel, que coordena a nossa Frente Parlamentar do Turismo, lembro que foram
inseridos como turismo os caminhos rurais, a agricultura orgânica lá da Região.
A Região Sul é a região que tem o maior rebanho de equinos das cidades do Rio
Grande do Sul e isso não é pouca coisa.
Então, nós precisamos, sim, manter essa
atividade. Como aqui todos falaram, também quero falar do nosso saudoso Ervino,
relembrando que, quando representei esta Casa lá, junto aos colegas, sugeri, há
dois anos, que nós déssemos ao centro de eventos o nome Ervino, o que foi
acolhido 100% por esta Casa; também quero lembrar que o centro de eventos foi
uma conquista. Quero lembrar também o nome da Arlete Mazzo, quando fomos
conselheiros em 1998, com quem registramos a conquista do centro de eventos. No
período do Secretário Cecchim, quando foi Secretário da Produção, Indústria e
Comércio, efetivou-se a construção do centro de eventos. Então, esse processo
precisa ser resgatado e falo para a nossa juventude, porque essa atividade é
nobre. No mundo, hoje, a produção de alimentos, cada vez mais, exige não só
dedicação, como valorização em todos os sentidos.
Nós estamos vendo, neste momento, a crise no
Brasil pela falta de água, e nós temos, aqui em Porto Alegre, essas riquezas.
Agora, se não tivermos um planejamento na Região, e os loteamentos irregulares
continuarem avançando, a primeira coisa que será destruída são os mananciais
hídricos, porque os esgotos são jogados in
natura.
Ver. Cecchim, eu fiz uma referência ao senhor,
dizendo que nós trabalhamos juntos e construímos o centro de eventos justamente
na sua gestão.
Eu quero concluir, em nome do Partido dos
Trabalhadores, dizendo da satisfação que temos não só de dar apoio, mas de
sermos propositivos nesse trabalho. Continuaremos assim para que Porto Alegre
continue sendo uma Cidade que trabalha na diversidade produtiva, na diversidade
cultural e na valorização da produção de alimentos sadios.
Então, quero fazer aqui uma homenagem aos
organizadores da Festa do Pêssego; também quero deixar um abraço a Marilza, que
lá trabalha há muito tempo constituindo a Festa do Pêssego. Temos que discutir,
sim, com profundidade, o projeto para que tenha mais qualidade e para que
melhore a atividade. Um grande abraço e muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vereador. Agradeço a presença do
Cleber, Presidente do Sindicato Rural de Porto Alegre, da rainha e das
princesas – por gentileza, circulem entre os Vereadores, distribuam os
pêssegos, e os convidem para os dois próximos fins de semana, na Vila Nova, no
centro de Eventos Ervino Besson. Muito obrigado pela presença de vocês e bom
reinado.
(Reúnem-se para fotografia.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Saúdo o Ver. Paulo Brum, que está retornando,
após um período em que esteve doente. Seja bem-vindo, bom retorno; estava com
saudades de Vossa Excelência.
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr.
Presidente, muito obrigada pela tolerância, eu estava conversando com o Ver.
Engº Comassetto, Líder do PT, e aí definimos que eu falaria no tempo de
oposição. Como nós estamos exatamente no prazo de fechamento do processo
licitatório da nova gestão dos ônibus no Município de Porto Alegre, dia 24
deste mês, nós temos uma expectativa muito grande de que poderemos, com essa
licitação, dar o salto de qualidade aguardado pela cidade de Porto Alegre e
pelos usuários do transporte coletivo.
Eu, ainda esta semana, recebia, nas redes
sociais, reclamações – vi que vários Vereadores foram marcados também – de
pessoas esperando, que vão buscar o seu coletivo em determinado horário e
acabam esperando por 40, 50 minutos. Continuam as queixas com relação à
qualidade do atendimento, continuam as queixas com relação às imensas filas na
hora do pique – uma mudança que é necessária de ser feita. E nós, na Bancada do
PT, fizemos uma análise do primeiro momento da licitação; levamos, tanto à
Prefeitura como ao Tribunal de Contas, a preocupação com a saída da Carris do
sistema dos BRTs, pois entendemos que essa não é uma escolha que seja benéfica
à Carris ou aos usuários de transporte coletivo da nossa Cidade.
(Aparte antirregimental.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Exatamente.
Nós levamos esse tema ao Tribunal de Contas, bem como a preocupação com a não
alteração no empoderamento do usuário no seu controle sobre a prestação do
serviço. Pareceu-nos muito tímido e com poucas medidas o novo edital de
licitação. Entendemos que mantendo o modelo das mesmas bacias nós não
resolvemos o problema de ter a empresa que ganhar a licitação que disputar
passageiro, que apresentar o melhor serviço, que fazer esforços no sentido de
ser desejada pela população. Precisávamos criar algum modelo diferenciado nesse
sentido. Há sugestões como aquelas que foram feitas naquela rodada do Orçamento
Participativo que a Prefeitura fez na Lomba do Pinheiro, que não sabemos o
quanto escutou, mas uma das sugestões lidas por nós foi de que a Carris tivesse
uma linha em cada região, que, na verdade, se superasse esta atual
territorialidade para que as empresas tivessem uma disputa, uma concorrência
benéfica...
(Aparte antirregimental do Ver. Professor
Garcia.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Diz
o Professor Garcia que sim, prevê isso. Então, me parece que evoluiu, Ver.
Professor Garcia, para que a Carris esteja em todas as regiões.
Nós entendemos que, para que um processo traga
melhorias, ele tem que trazer esses elementos importantes: elementos de
competitividade, elementos de qualidade, vinculados à satisfação do usuário, à
medição dessa satisfação permanentemente, ao empoderamento dos órgãos de
controle, para que as multas, de fato, sejam aplicadas, para que não tenha
inúmeras possibilidades para as empresas argumentarem e contra-argumentarem em
relação às multas, o que hoje acontece. Aí a empresa acaba não pagando, porque
ela argumenta com o trânsito, ela argumenta com o acidente. E, também, quanto
aos atrasos, o não cumprimento de horários não é punido, porque eles não há um
controle de outra maneira. As próprias antenas hoje, nas grandes avenidas, são
burladas pelo “recolhe”, por sair do corredor.
Então, há uma série de mecanismos que nós
entendemos que, a partir da nova licitação, devem estar fortalecidos e devem
provocar uma mudança no atendimento ao usuário. Não há o que justifique
conceder um serviço lucrativo – entendemos que é lucrativo, sim – se ele não
for prestado de forma muito qualificada. Essa é a nossa expectativa.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia – às 15h07min): Havendo
quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
Apregoo a Emenda nº 01, de autoria do Ver.
Waldir Canal, ao PLL nº 090/14.
Apregoo o Requerimento de autoria do Ver. Waldir
Canal, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01 ao PLL nº 090/14 à
apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0401/14 – PROJETO
DE LEI DO EXECUTIVO Nº 007/14,
que dispõe sobre o fornecimento e uso de uniforme escolar para os alunos da
educação infantil, fundamental e especial na Rede Pública Municipal de Ensino
de Porto Alegre e revoga a Lei nº 4.948, de 4 de setembro de 1981.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Cassio Trogildo: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Delegado Cleiton: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 05-11-14 por força do art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLE nº 007/14. (Pausa.) A Ver.ª
Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 007/14.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Vereador-Presidente,
Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, apesar dos apelos que
fiz para que a CECE pudesse conversar, discutir e ouvir a Rede Municipal de
Ensino sobre os uniformes, o conjunto dos Líderes insiste em votar,
atropelando, Ver.ª Jussara, um debate com a própria Rede Municipal de Ensino.
Eu quero aqui lamentar essa postura da nossa Casa. Não entendo que devamos
votar um projeto de lei que oficializa uniformes escolares na Rede Municipal
sem a opinião da Rede que recebeu os uniformes no ano passado. A Prefeitura de
Porto Alegre gastou 7 milhões no ano passado e R$ 4 milhões este ano. A Rede
teve inúmeros e imensos problemas, de toda a ordem: da qualidade péssima; da
falta de tamanhos; de a Direção da escola e os professores gastarem uma semana
se incomodando absurdamente com pais, com alunos; de esse uniforme não poder
ser exigido, porque não pode ser obrigatório, não pode ser barreira para
frequentar a escola; de esses uniformes não terem características que as
crianças gostassem, porque eram laranjas, e elas diziam que se pareciam com os
servidores do DMLU.
Mais grave ainda, na minha opinião, é o problema
da escolha da aplicação dos recursos da Educação. Gastar R$ 10 milhões – R$ 10
milhões – em uniformes escolares quando, na Lomba do Pinheiro, na Quinta do
Portal, as crianças pequenas pegam ônibus, sem sequer ter acostamento naquelas
vias... Elas andam na rua, elas pegam ônibus para se deslocar para a escola,
sendo que a Quinta do Portal, há cinco ou dez anos, já tem terreno conquistado
no Orçamento Participativo e destinado a uma escola de ensino fundamental. Com
R$ 10 milhões se constrói, Ver. Tarciso, tranquilamente. Apareçam no OP da
Lomba do Pinheiro para ver a grita...
(Aparte antirregimental do Ver.
Mario Fraga.)
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Eu estou
somando o ano passado e este ano, Ver. Mario Fraga. Por favor, preste atenção
na minha fala: são R$ 7 milhões no ano passado e R$ 4 milhões este ano. Isso
dava para construir a escola de ensino fundamental, conquistada no Orçamento
Participativo, na Quinta do Portal. Vejam a dramática situação das crianças
pequenas, a necessidade clara da Lomba do Pinheiro, onde as turmas estão
entupidas, onde as crianças entopem os ônibus e são submetidas a um monte de
tempo andando de ônibus. Isso não é uma escolha politicamente correta, agride
nossas crianças, desrespeita as prioridades do Orçamento Participativo. Eu
poderia citar a escola na 1º de Maio, a escola na Oscar Pereira, também, com um
terreno conquistado há anos, com muito custo, com muita luta da comunidade,
hoje tem OP na Glória, e tenho certeza de que essa escola vai ser cobrada. A
Prefeitura não constrói com o argumento de que não tem recursos e escolheu dar
uniformes escolares.
Vou dar mais um argumento para os senhores: o
Fórum das Entidades da Criança e do Adolescente, com 500 entidades, apresentou
um documento, formalizou-o ao Vice-Prefeito Sebastião Melo, questionando a
destinação desses recursos aos uniformes escolares. E vejam que a educação
infantil nesta Cidade é terceirizada, que a Prefeitura passa, no máximo, o que
cobre os recursos humanos para as creches comunitárias, que os funcionários
profissionais que atuam com crianças de zero a cinco anos não chegam a receber
mil reais, e aí as entidades não conseguem manter os alunos, manter os
professores atuando nas escolas infantis. Há um apelo das 500 entidades que
atuam com crianças e adolescentes pedindo que não seja priorizado o uniforme e
que seja incrementado e melhorado o convênio com as creches comunitárias, mas a
Prefeitura de Porto Alegre segue solenemente mantendo sua prioridade de gestão.
O que é um equívoco na minha avaliação, pois, se quer fazer, que faça, mas vai
responder politicamente em todos os espaços onde eu puder apontar as escolhas
de gestão que esta Prefeitura faz, desastrosas na minha opinião e prejudiciais
à educação no Município de Porto Alegre.
Então, uma questão é a polêmica se é a favor ou
não de uniforme. Isso eu acho que tem dois lados, não vou entrar nisso. Acho
que, com as crianças pequenas, poderia ser. Não é um debate sobre se é bom ou
não o uniforme. Com tudo resolvido, oferecer uniforme escolar, uma mochila é
ótimo, mas não está tudo resolvido. A Prefeitura de Porto Alegre deixa de
construir escolas fundamentais para garantir o acesso e a segurança para nossas
crianças, a Prefeitura paga muito mal a terceirização que faz na Educação
Infantil. Não há – não há – o que justifique gastar, em dois anos, R$ 2
milhões, com essas demandas e com essas lacunas que ainda temos na cidade de
Porto Alegre. Portanto, esta Vereadora vota contrariamente a esta proposição.
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Mauro Pinheiro assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Muito obrigado, Ver.ª Sofia Cavedon.
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
discutir o PLE nº 007/14.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, assistência que está nas
galerias, as rainhas da Festa do Pêssego que aqui estiveram, ouvindo o discurso
da Ver.ª Sofia, devem estar se perguntando: “Afinal, esta Vereadora já foi
Secretária da Educação? Ela é professora municipal?” Sim para as duas coisas.
Só que, quando foi Secretária, ela não fez. E a população de Porto Alegre não
aumentou, nos últimos dez anos, tanto assim, Vereadora, acompanhe o censo. A
não ser que a senhora não acredite. Aliás, tem motivos para não acreditar no
IBGE, porque ele mascara dados a mando da sua Presidente Dilma. Então temos que
dar uma repensada antes de falar. Não é bem assim: “não construiu a escola”. Há
necessidade da escola? Agora, tem que se escrever e mandar para todas as
escolas um panfletinho, como a Vereadora faz sempre, dizendo: “Vereadora Sofia
é contra os uniformes escolares nas escolas de Porto Alegre”. Assumir!
“Vereadora Sofia Cavedon, professora, ex-Secretária de Educação do Município, é
contra os uniformes escolares para os alunos da rede pública municipal”. Eu
quero ver se ela vai repartir o salário dela com os pais que precisam comprar
roupas para seus filhos e mandá-los para a escola. Não vai fazer isso! Ela é
contra aquilo que ela nunca fez como Secretária: ela e seu Governo não tiveram
a capacidade de fazer uniforme para as crianças. Não teve vontade política,
como ela costuma dizer. Ela não teve, o Governo dela não teve, e agora ela vem
aqui e declara – pelo menos é corajosa: “Vereadora Sofia Cavedon é contra os
uniformes escolares”. O uniforme ajuda as famílias, ajuda as crianças, ajuda a
não ter discriminação nas escolas, porque quantas vezes alunos perdem até a
vida por serem roubados de um tênis de marca. A utilização do uniforme escolar
democratiza as pessoas, deixa pobres, mais ou menos ou paupérrimas na mesma
situação, com o mesmo uniforme, com a mesma condição para ir para a Escola. São
duas coisas que nós devemos defender sempre: o uniforme e a merenda escolar. Se
a criança estiver alimentada e se estiver vestida de acordo para estudar, ela
vai aprender mais.
A Ver.ª Sofia Cavedon quer a discriminação nas
escolas, ela quer que os pobres fiquem malvestidos, ela quer que quem tenha um
pouquinho de condições se exiba um pouco mais. E não é essa a intenção da
escola pública. A escola pública precisa preservar a igualdade! Não pode ter
gente se vestindo com marca e outras pessoas com roupas rasgadas, Ver. Brasinha
– V. Exa. sabe o que é ser discriminado.
Então, nós defenderemos até o fim que se use
sempre uniforme escolar, que se dê condições para as crianças estudarem em
igualdade de condição. Quem quiser se trajar bonito ou diferente vá estudar
numa escola particular bem cara. Eu acho que é isso que a Vereadora quer, que
as crianças não estudem, não tenham condições de estudar. Eu acho que isso é um
tiro no pé da Vereadora, isso é um tiro contra quem é pobre. Ela está fazendo
uma demagogia contra a população que ela disse que volta na Dilma, por exemplo,
no PT. Não é verdade! Ela está fazendo a discriminação odiosa de quem é pobre e
de quem pode se vestir melhor. A escola é para todo mundo ter as mesmas
condições de se vestir igual, de ter uma boa merenda escolar e de ter bons
professores. A Vereadora é contra que se dê igualdade para quem precisa! É
contra crianças pobres! Ela não quer botar uniforme para que todo mundo seja
igual na escola! Acho que não precisa muito tempo para dizer o mal que a Ver.ª
Sofia Cavedon está fazendo com esse discurso de ser contra os uniformes. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
discutir o PLE nº 007/14.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, acho que o Ver. Idenir Cecchim foi muito feliz em colocar esse
assunto. Nós lamentamos a posição da ex-Secretária da Educação do Município de
Porto Alegre, Ver.ª Sofia Cavedon. Não dá para entender, porque ela é contra
se, justamente, quem vai ser privilegiado são aqueles alunos carentes, os mais
pobres, os mais necessitados, que vão, Ver. Reginaldo Pujol, receber os
uniformes. Também não dá para entender porque a Ver.ª Sofia é contra, já que
sete prefeituras do Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul são a favor
e têm uniformes, compram uniformes para os seus alunos do município. E aqui, em
Porto Alegre, Ver. João Bosco, é contra. O Interior é a favor, em Porto Alegre
é contra. Não dá para entender. Talvez o valor inicial tenha sido elevado, só
que, Ver. Reginaldo Pujol, houve o pregão eletrônico, e conseguiram pela metade
do valor inicialmente proposto. Então, é um projeto meritório, que deve ser
aprovado por esta Casa. E eu quero, mais uma vez, dar o testemunho para os mais
jovens, através do meu estagiário Gustavo Müller Alves, que aqui nos visita e
que está até preocupado: por que há Vereadores contrários a uma coisa boa?
Então, senhoras e senhores, vamos realmente aprovar este projeto. Se a
Vereadora alega outros assuntos, não são exatamente esses. Então, se as
creches, se o ensino infantil estão com dificuldade, vamos enfrentar esse
aspecto, mas vamos aprovar este projeto, que é meritório em favor dos mais
pobres. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Quero cumprimentar a visita orientada à Câmara
de Vereadores de Porto Alegre, no Memorial, com o Sr. Jorge, nosso servidor,
que está acompanhando o Ver. Jorge de Godoy, do PP, Presidente da Câmara de
Vereadores de Flores da Cunha, junto com o Ver. Valdomiro Visiminski, do PRB,
com os 13 alunos do Programa Vereador por Um Dia, da Câmara de Vereadores de
Flores da Cunha. Sejam todos bem-vindos.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLE nº 007/14.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu acho que é absolutamente
natural que sobre o mesmo assunto as pessoas possam ter opinião diferente. Eu
só não posso concordar, Sr. Presidente, é que esse assunto tenha vindo para a
Câmara em fevereiro – ao qual o Ver. Cleiton deu o parecer em março ou abril –,
só agora, só hoje vamos decidir sobre essa matéria? Não pode, um assunto como
este não pode ter a embromação que teve. E ele está aqui por força do artigo
que permite que, independente de ser ouvido em todas as comissões, possa ser
votado. Só foi requerido depois que estava já há seis meses parado aqui na
Casa, através de medida protelatória.
Então, dizer da relevância do projeto é
absolutamente desnecessário, a Exposição de Motivos é elucidativa, diz com
maior clareza o grande significado. Olha, as pessoas podem ter a opinião
discordante, e nós respeitamos, o que não pode é alguns poucos discordarem de
uma medida que a grande maioria, claramente, está aplaudindo, Ver. Bosco, e que
se precise de um ano para decidir sobre isso. Ainda mais depois que a gente
recebe a informação de que os gastos, inicialmente, eram previstos de R$ 7
milhões, foram, em função do pregão eletrônico, reduzidos para R$ 3,5 milhões.
Há um risco eminente de que, com a protelação
indefinida desse assunto, aquele que fez a proposta vencedora pode, inclusive,
se sentir desonerado de cumpri-la, na medida em que o tempo transcorrido pode
transformar inaplicável aquela sua disposição inicial de, pelo preço ofertado,
oferecer os uniformes requeridos no Projeto de Lei.
Por isso, Sr. Presidente, eu não vou ficar
discutindo a postura correta de um, a postura não correta de outro, eu quero discutir, isso sim, e, mais do que
isso, eu quero cobrar, eu quero cobrar com intensidade e vigor a decisão desta
Casa. A Casa não pode cometer o crime da omissão, não pode se transformar num
dos tantos parlamentos brasileiros onde se discute de tudo, e não se decide nada.
Um ano é mais do que suficiente para se esclarecer a matéria. Quem está contra,
que fique contra, que vote contra, que assuma a responsabilidade do seu voto. E
quem for a favor, que decida de uma vez por todas, porque vai ser hoje, aqui, e
agora, que nós vamos decidir o fim desta novela. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
discutir o PLE nº 007/14.
O SR. ALCEU
BRASINHA:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público das galerias,
senhoras, senhores, eu venho a esta tribuna, Ver. Tarciso, porque, realmente,
eu fico espantado com a atitude da Ver.ª Sofia. Ver. Nedel, Ver. Cecchim, o
grande problema da Ver.ª Sofia é que ela tem dor de cotovelo porque não fez um
projeto na Secretaria, quando esteve lá. A senhora, Vereadora, como Secretária
de Educação, não teve a grandeza de fazer um projeto sobre uso de uniformes.
Não teve a grandeza, Vereadora! E aí tudo o que vem da Secretária Cleci, que é
uma extraordinária Secretária, pessoa de qualidade, que trabalha e é honesta,
quando vem um projeto de lá, a senhora é contra. Por que a senhora é contra,
Vereadora? É tão bonito a gente ver os alunos, as crianças de uniformes, todos
vestidos iguais, João Bosco – V. Exa. foi um extraordinário Secretário da
Secretaria de Esportes. A gente tem que elogiar quando as pessoas trabalham
bem, como é o caso da Secretária Cleci. Assim ela faz, visita os colégios, as
creches. Ela não é Secretária de gabinete, Vereador, é Secretária de ação, de
trabalho, de tudo! Então a Secretária Cleci e o Governo estão de parabéns,
porque isso mostra uma grandeza. Tem muitas crianças que, às vezes, não têm
condições de ter uma camiseta limpa para ir ao colégio, e, assim, têm
oportunidade de chegarem lá vestidas iguais a todas, João.
Eu sei o que é o preconceito, a hipocrisia,
porque eu passei por isso. Não teve alguém mais pobre do que eu nesta Cidade:
fui morador de rua, passei por tudo o que tive direito. Meu querido Líder
Cassio Trogildo, Ver. Paulinho Brum e Ver. Elizandro Sabino, é muito importante
o uniforme. É um projeto que a senhora deveria defender com todas as garras,
Ver.ª Sofia, porque dá oportunidade para as pessoas mais humildes, a quem temos
que valorizar. Não devemos sair abraçando as crianças somente na época de
eleições; temos que abraçar todos os dias!
Então, Sr. Presidente, eu quero dizer para os
senhores que é muito importante. E deveria ser assim em todos os colégios, não
só em colégios particulares, em que todos podem se vestir igual, mas também nos
do Município, nos do Estado. Quem sabe, tivessem a oportunidade de fazer para o
Estado todo? Não fizeram. Quantas coisas boas o Governador fez, também?
Quero dizer para a senhora que eu não concordo
com a sua declaração, com o seu discurso; eu concordo com o discurso do meu
querido amigo Ver. Cecchim, do Ver. Nedel. Eu gosto da senhora, é uma
extraordinária trabalhadora; mas tem horas em que não dá para aguentar a
senhora. Então, Vereadora, se a senhora tivesse feito um projeto grande como
este, a senhora poderia, talvez, ter levado o meu discurso a seu favor.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
discutir o PLE nº 007/14.
O SR. DELEGADO
CLEITON:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, colegas funcionários desta Casa, senhores e
senhoras que nos assistem aqui e pela TVCâmara, tranquilamente venho falar
deste projeto, porque, Ver.ª Sofia, sei do seu empenho quando se fala em
educação, sei das suas lutas e, muitas vezes, até contrariando o meu Governo,
votei com alguns dos seus encaminhamentos. Vou contar uma historinha rápida:
quando eu era adolescente, era presidente do grêmio estudantil e fiz a primeira
greve na Escola Odila Gay da Fonseca para a retirada do uniforme, porque alguns
alunos não puderam entrar na escola, pois estavam sem o uniforme. Eu estava
ouvindo a Vereadora dizer que não concorda com política assistencialista! Não
dá para entender! Eu não sei o que estão fazendo com o Bolsa Família!
Para esse projeto, foram consultadas 96 direções
de escolas; 96 conselhos escolares foram escutados. A cidade de Canoas, onde o
PT governa, usa uniforme. O colégio Uruguai, que muito a Vereadora defende,
também usa uniforme. O colégio Anchieta, onde os filhos da Vereadora estudam,
usa uniforme. Eu fui um crítico do uniforme, no passado, quando era
adolescente, mas temos que evoluir, senhores. O uniforme, hoje, inclui,
socializa. Na periferia, o uniforme socializa. Aquele que tem vontade, mas não
pode ir com tênis de marca; o uniforme socializa, fica tudo igual. E aí até o
filho da Vereadora pode estudar no colégio da periferia. E como eu disse,
anteriormente, eu sou do tempo... não sou tão velho assim... mas nos meus
primeiros anos de escola, de alfabetização, na Escola Cândido Portinari, eu ia
com um saquinho de leite Mimi – lembro como se fosse hoje – que a minha mãe
lavava direitinho e ali botava o caderno, o lápis e a caneta, e ainda com
tapa-pó. Imagina se não existisse o tapa-pó naquela época! As dificuldades que
o meu pai passava, e as dificuldades que eu tinha, e a diferenciação que existe
dentro das escolas hoje. Hoje está fácil comprar roupas de marca, e isso dá o
começo para aquelas pessoas, que desde a escola não têm essa igualdade de
condições, quando chegam à adolescência, alguns vão para o lado do tráfico,
porque é mais fácil de conseguir o tênis de marca; enquanto outros vão para o
lado do trabalho, de acordar cedo, e muitas vezes pegar na pá e no concreto.
Então, senhores, quando se fala em assistencialismo,
eu acho que temos que falar em socializar. E que todos os alunos, nas suas
escolas, sejam iguais, e não só nas escolas da burguesia; mas nas escolas da
periferia também. E esses uniformes já estão comprados. E como disse a
Vereadora, a prioridade da atual gestão não é a prioridade dela. Mas é claro
que não! Ela já teve a sua prioridade, quando foi Secretária da Educação. E
hoje nós temos uma outra forma de gestão. Eu fui à Restinga presenciar o
lançamento dos uniformes e vi as crianças, os pais e os professores, que lá
estavam, muito felizes. Então, professora, Canoas também está muito feliz, que
também é do PT, pode não ser da sua ala, mas estão muito felizes com os
uniformes.
Então, essa é uma forma de igualar, de tratar
todo mundo igual, principalmente na periferia. Como disse o Ver. Brasinha, na
periferia que, muitas vezes, só se vai à época de eleição. Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir o PLE nº 007/14, por cedência deste Vereador.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Muito
obrigado, Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; eu volto aqui para dizer que é
lamentável o nível de debate nesta Casa. Primeiro, eu não tenho nenhuma dor de
cotovelo e tenho muito orgulho do que nós fizemos há 16 anos. Depois, temos que
lembrar que, nos 12 anos que vocês governam esta Cidade, construíram uma única
escola, quando nós triplicamos a Rede Municipal de Ensino. O Collares começou a
construir terminando um convênio que havia com o Município e o Estado, onde o
Município construía e entregava ao Estado. Então, nós deixamos essa rede de
escolas que está aí. Nós fizemos, por exemplo, Ver. Brasinha, a compra direta
de produtos hortifrutigranjeiros, e os Governos Fogaça e Fortunati terminaram
com a aquisição dos produtos da Zona Sul, que nós estávamos aqui elogiando
agora há pouco.
Não se trata aqui de comparar governos, porque,
se não fizemos umas coisas, fizemos outras. Eu respondo, com muita
tranquilidade, pelas minhas gestões de Secretária, e jamais eu implementaria
uniforme escolar. Primeiro, porque não é prioridade para este Município.
Segundo, porque eu tenho uma visão libertária de educação! Eu não concordo que
continuemos a reproduzir a escola prussiana do século XVIII, que uniformizava
todos os jovens, que a ideia era construir uma massa de pessoas obedientes,
competitivas e preparadas para a guerra. O castigo corporal e a eliminação dos
fracos era a marca do início da escola que nós temos hoje. Depois, a
ressignificação da escola, na revolução industrial, transformou a escola em
maior quantidade, porque precisava de trabalhadores pelos modelos de fábrica, e
eu leio como estava escrito: “As escolas como fábricas e presídios, portões,
grades e muros, horários iguais para todos, fardamento obrigatório, intervalos
e sirene para início e fim das aulas, avaliação excludente, etc.”. E eu sou
pessoalmente uma libertária, acho que as pessoas devem habitar-se, o nosso
corpo tem que ser uma expressão da nossa identidade, das nossas preferências,
uma experimentação da criação e da recriação do nosso estar no mundo. E não
acho que esse seja o principal problema das crianças: não ter uniforme ou ter
diferença de roupa entre elas na escola. Ontem, nós, na CECE, ouvíamos as mães
dizerem que os professores não conseguem trabalhar as crianças para não
chamarem de louca uma criança com síndrome de Down, ou uma criança com
deficiência. A criança, se trabalhada, respeitará as diferenças, e isso a
escola tem que trabalhar. E eu repeti várias vezes para os senhores e senhoras,
que doação de roupa, nesta Cidade, é aos borbotões; a Prefeitura agradece e
pede para não doarem mais, a não ser em uma situação de necessidade, porque
esse é o menor problema das nossas crianças. O maior problema é a falta de uma escola
libertadora, de uma escola progressista, de uma escola que respeite o tempo de
cada aluno, o jeito de ser de cada um, a sua forma de aprender, a sua forma de
estar no mundo, que permita que continuem sendo seres curiosos, criativos,
libertos e com capacidade de mudar o seu mundo. E uniforme, na forma como foi
aqui defendido na tribuna, é ainda uma visão, na minha opinião,
assistencialista, uniformizadora, clientelista – que tem que ter a boa
alimentação, que tem que ter o bom uniforme. A escola precisa de muita coisa,
em especial, de professores, de tempo para estudo, de tecnologia, de salas de
aula com qualidade, de tempos diferentes, de turmas diferentes, de reinvenção
do currículo, de participação e protagonismo da juventude para ter lugar para pichar,
para fazer arte, e não uniformizar. Querem saber a minha opinião? É essa! A
minha opinião político-pedagógica é esta. Agora, aqui, neste momento... E eu
sei que tem divergência na nossa Bancada, nas nossas Administrações, esta não é
uma questão de programa de governo do PT, não é problema ser diferente, desde
que a gente tenha unidade e a gente tenha uma escola num modelo pedagógico
transformador. Sou contrária à escola padronizadora. Sou contrária a esta visão
clientelista, populista, que o pobre coitado tem que receber roupa para se
sentir igual aos demais. Não é verdade! As nossas crianças são talentosas, são
maravilhosas, criativas, e as nossas famílias têm plenas condições de
vesti-las. Elas precisam é de investimento, acesso, vaga e qualidade de educação,
que não passa por uniformização.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra
para discutir o PLE nº 007/14.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, uma boa
tarde a todos. Venho aqui na defesa deste projeto dos uniformes, porque, em
2010, foi aprovado aqui, por unanimidade, o kit
escolar. Por que o kit escolar?
Quando eu trabalhei na Secretaria de Esportes, junto com o nosso Secretário
João Bosco Vaz, buscamos recolher tênis, e conseguimos muitos, porque as
crianças não tinham um chinelo de dedo, não tinham tênis para ir para o
colégio. No momento em que foi aprovado o kit
escolar, por unanimidade, o Mauro Zacher entrou com o projeto dos uniformes, e
este projeto caminhou, caminhou e foi arquivado; depois, veio o do Executivo,
da Secretaria.
A discussão em cima deste projeto, Ver.ª Sofia
Cavedon, era também sobre o bullying.
Essas crianças não tinham material escolar, não tinham uniforme escolar
adequado; eles não tinham tênis; às vezes a camisa rasgada, eles não tinham
calça. São crianças carentes, crianças que precisam muito desse olhar, desse
carinho nosso.
Eu trabalhei nas periferias de Porto Alegre e
assinalo uma por uma aqui, e essas crianças, às vezes, não queriam ir ao
colégio, porque não tinham uma caneta, não tinham um lápis, não tinham tênis,
não tinham uma camisa adequada para ir ao colégio. E começou uma evasão escolar
muito grande.
Não é só o colégio que precisa ter a estrutura, mas
é necessário dar condições às famílias para essas crianças irem para o colégio.
Isso é o mais importante! Esse é o conteúdo da proposta dos uniformes. Por isso
sou favorável ao uso do uniforme. Porque, na época, eu votaria “sim”, e agora
voto “sim” também. Não vou ser demagogo aqui, porque eu conheço – assim como
muitos Vereadores, ou todos – a realidade das periferias, a realidade dessas
crianças e desses pais.
Gente, estamos falando aqui de educação. Não se
pode dizer que hoje o Brasil está dando uma educação maravilhosa. Eu estou
procurando onde tem essa educação maravilhosa! Educação para todos, quem? Que
educação para todos é essa? Para todos aqueles de famílias melhores, Pujol? E
nada para aquelas crianças que realmente precisam desse material escolar? Tanto
é que o Ver. Pujol fez uma emenda com relação ao kit escolar. Ver. Paulinho, e o agasalho para essas crianças, o
uniforme? Assim, essas crianças vão ser iguais dentro da sala de aula. Assim,
vocês vão ver a alegria dessas crianças indo para o colégio com o seu material
novo e seus uniformes novos. Isso é importante. É isso que vai fazer a
diferença lá adiante. É isso que vai fazer ser um país que realmente respeita
as suas crianças. Isso vai ser a educação que o nosso País tanto busca. Um país
com educação é um país de Primeiro Mundo, um país com muito dinheiro não é país
de Primeiro Mundo. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Professor Garcia reassume a presidência
dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Waldir Canal está com a palavra para
discutir o PLE nº 007/14.
O SR. WALDIR
CANAL: Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores; eu venho a esta tribuna me manifestar sobre a
razão por que vou votar favorável a esse projeto. A própria justificativa do
projeto nos dá uma orientação do objetivo do uniforme escolar. É um meio
plural, democrático, e eu acredito nisso. Vai até facilitar dentro da escola e
vai proteger os próprios alunos na questão da segurança. Hoje em dia, não se
sabe quem é aluno e quem não é aluno. Com o uniforme, na chegada e na saída,
até mesmo no recreio, vai poder se identificar quem é aluno daquela escola e
quem não é: os infiltrados, os traficantes, as gangues. Quer dizer, eu acredito
que vai proporcionar, para os próprios alunos, mais segurança, e também para os
diretores. Noventa e seis por cento dos diretores de escola são favoráveis,
então, a comunidade escolar, os professores conhecem o projeto, debateram o
projeto, sabem do projeto e concordaram com o projeto. Não é 100%, mas é 96%, é
uma quantidade considerável.
O projeto está nesta Casa desde fevereiro deste
ano. Já está terminando o ano, faltam oito semanas para terminar o ano
legislativo, nada mais justo do que nós votarmos esse projeto para que, a
partir do início do ano que vem, as crianças da nossa Cidade tenham direito a
esse uniforme. Duas unidades de uniforme por criança é o que será distribuído
gratuitamente, o que é uma exigência do Conselho Municipal de Educação. Enfim,
quero dizer que pedi na reunião de Mesa, e tenho certeza que o projeto está em
Pauta, hoje, para votação pela sensibilidade dos Vereadores. Este projeto já
está pronto para ser votado. Quero dizer que será um avanço, porque outras
cidades administradas por diversos partidos já implantaram esse sistema. É um
avanço para a escola, e creio que também vai evitar o que os Vereadores já
disseram aqui: haverá um nivelamento entre os alunos, o que vai estimular a sua
frequência na escola. Muitos alunos acabam, por falta de recursos, assim como
os pais que não têm condições de comprar uma roupa adequada, desistindo de
frequentar a escola; com o uso do uniforme, essa questão será amenizada. Então,
encaminho favoravelmente ao projeto. Seria isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vereador.
Apregoo e defiro o Requerimento de autoria da
Verª Sofia Cavedon, solicitando que seja votada em destaque a Emenda nº 01 ao
PLE nº 007/14.
A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra
para discutir o PLE nº 007/14.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA:
Quero, muito rapidamente, trazer a nossa posição, primeiro, de incompreensão,
porque uma matéria tão importante não foi alvo de parecer da Comissão de
Educação, já que foi requerido o art. 81. Tenho certeza que a Comissão de
Educação, Vereadores João Derly e Sofia Cavedon, gostaria de fazer o parecer,
porque lá tratou do assunto. Mas, ao Governo requerer o art. 81, tirou da
Comissão – mais importante – a possibilidade de emanar um parecer quanto a
todas as nossas escolas municipais. Falei, no início da Sessão, com os
Vereadores da Comissão, perguntando o teor das discussões, e o Ver. João Derly
me relatou, mas que foi tirado da Comissão o direito de colocar essa discussão
num relatório, porque foi pedido o art. 81, e a Comissão temática, com mais
autoridade para emanar um parecer sobre a obrigatoriedade ou não dos uniformes
na Rede Municipal, não se pronunciou sobre um assunto tão importante porque o
Governo tirou essa possibilidade.
Eu quero deixar essa crítica, porque eu acho que
as nossas Comissões temáticas são muito importantes, de fato. Na Comissão de
Direitos Humanos, muitas vezes nós conseguimos ouvir, encaminhar, apresentar
emendas a projetos, ou muitas vezes moções ao plenário e garantir questões que,
muitas vezes, deveriam ser realizadas com extrema urgência e não são, como foi
o caso da Rua Frederico Mentz, Ver. Pedro Ruas, em que o esgoto estourou e nós
vimos que a comunidade ficou um mês tentando a resolução do problema e teve que
vir à Comissão de Direitos Humanos para que nós cobrássemos do Governo e tal
problema fosse resolvido. Então eu queria deixar esse comentário em relação à
Comissão de Educação e falar dos problemas em relação ao uniforme.
A Sra. Sofia
Cavedon: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Serei muito breve, porque
quero ouvir o restante da sua argumentação. Eu fiz vários apelos aqui para
esperar que CECE pudesse fazer o debate. Chegou à Comissão e nós solicitamos o
parecer do Conselho Municipal de Educação. Quando o parecer chegou na CECE, não
deu tempo de a CECE refletir porque ele foi puxado pelo art. 81. A CECE foi
desrespeitada, impedida de fazer o debate com a Rede Municipal de Ensino.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA: Exatamente,
e eu, a partir da ausência do relatório da CECE...
O Sr. Mario
Fraga: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Democracia sempre. Este
projeto está na CECE, Vereadora, preste atenção, desde julho de 2014. Já se
passaram os meses de julho, agosto, setembro, outubro, e, agora, novembro.
A Sra. Sofia
Cavedon: Não,
desculpa, mas ele foi para o Conselho Municipal de Educação, por isso ele
estava na CECE. Quando voltou, ele foi capturado pelo Governo.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA: Obrigada,
agradeço pelos apartes, porque essa tramitação interna da CECE nós não
sabíamos, uma vez que não somos desta Comissão, mas nós vimos que a CECE pediu
diligência de maneira correta para o Conselho Municipal de Educação. Nós
precisamos do parecer do Conselho; eu li, no parecer do Conselho, um artigo que
me suscita muito o debate em relação a este projeto. As crianças que, por
ventura, estiverem sem uniforme, por alguma razão, sem condições, como em um
momento de chuva, de lavar o uniforme a tempo de estar na escola, ficarão
proibidas de assistir à aula? Ficará a critério da Secretaria Municipal de
Educação? Porque tem um artigo na lei, Ver.ª Jussara Cony, que diz que a
Secretaria emanará uma resolução em relação aos casos de excepcionalidade. Eu
acho isto extremamente temerário, dar um cheque em branco para a Secretaria
Municipal de Educação com relação à possibilidade de frequência dessas crianças
na escola.
Em segundo lugar, nós queremos debater o que
aconteceu na rede. Falei com a ATEMPA – Associação dos Trabalhadores em
Educação, para saber a sua opinião em relação a esse projeto, já que foi tirada
da CECE a possibilidade de se manifestar. Nós fomos atrás dos trabalhadores em
educação e ficamos sabendo o que aconteceu nesse tempo de experiência com os
uniformes, das chegadas atrasadas, que inclusive foi matéria do Diário Gaúcho:
no inverno chegavam os uniformes do verão, no verão chegavam os uniformes de
inverno. Também a falta de numeração nos tênis, falta de numeração nas calças,
falta de numeração nos casacos, sobrecarga de trabalho para os trabalhadores da
rede entregarem esse material, pois estão faltando professores na rede
municipal. Chega o material e ele tem que ser feita a divisão e a entrega para
todos os estudantes sem prévio agendamento com os professores, sem prévia
organização com as direções de escola. A qualidade dos materiais não é boa,
embora milhões tenham sido gastos nos uniformes: R$ 7 milhões, Ver.ª Sofia, R$
7 milhões no ano passado! E o zíper estraga em menos de um mês, na primeira
puxada! Então é isso? Se a criança é pobre o material tem que ser de péssima
qualidade? Nós não podemos aceitar essa lógica!
Também a questão das prioridades, porque nós
tivemos que ouvir a comunidade escolar, os trabalhadores e os pais. A questão
da licitação, a questão da descentralização e da possibilidade de a rede se
autoorganizar não foi feita, e dessa forma nós queremos fazer esse debate,
porque um projeto que diz respeito a toda rede municipal não pode ser votado de
forma açodada sem discussão com a comunidade, sem discussão com o conselho, com
a comunidade escolar, sem discussão com a ATEMPA e sem um parecer da Comissão
temática que mais discute o tema da rede municipal, que é a Comissão de
Educação da Câmara Municipal. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Mario Fraga com a palavra para discutir
o PLE nº 007/14.
O SR. MARIO
FRAGA:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público nas galerias,
público que nos assiste pela TVCâmara; um abraço especial ao nosso amigo Silvio
Brandão, que está hoje nos assistindo aqui na Casa e é um dos moradores de
Belém Novo que está usufruindo do novo transporte que conseguimos em Belém
Novo, os lotações. Obrigado pela visita, Silvio, seja sempre bem-vindo a esta
Casa.
Sobre o projeto de lei, meu amigo Silvio, que
hoje estamos discutindo – e é bom que tu estejas aqui, tu que trabalhas ao lado
da escola estadual –, hoje essa escola daquela comunidade de Belém Novo não tem
uniforme. Tu conheces bem as crianças lá, teu filho já passou por lá, mas
também conheces bem a Restinga e o Loteamento Chapéu do Sol, Ver. Paulo Brum,
onde temos a escola infantil do Município. Aqui estamos discutindo o assunto e
uma Vereadora está defendendo que não se vote esse projeto, que não se use
uniforme nas escolas. Eu sou oriundo lá do Extremo-Sul, frequento muito a Restinga
e vi quando eles ganharam, no ano retrasado, os primeiros kits de uniforme, como o Ver. Tarciso falou: quando uma criança
recebe do Estado, do Município um material que veio para ajudá-lo, não tem
explicação a felicidade que a criança tem. Tenho algumas afilhadas na Restinga,
que me chamam de padrinho, que me chamam de dindo, muito mais pelo futebol
amador da Restinga do que por qualquer coisa, e eu vi a felicidade das crianças
com o uniforme.
Estamos aqui discutindo há duas semanas um
projeto que entrou na Casa em fevereiro de 2014, que foi para a CECE em julho
de 2014 e que a Ver.ª Sofia Cavedon, que já foi Secretária de Educação do
Município, é professora, está tentando inviabilizar, Ver. Brasinha. Nós
respeitamos todas as opiniões, mas a Ver.ª Sofia, que inclusive concorreu ao
cargo de Deputada Estadual agora, percorreu o Estado e sabe que diversas
Prefeituras que são administradas pelo PT fornecem uniformes. Não tem coisa
melhor! E aqui do lado, Ver. Tarciso, o Jairo Jorge fornece uniforme para as
crianças. Não tem coisa melhor! E no ano retrasado, quando a Secretaria doou os
primeiros kits, eu vi essa alegria.
Há Vereadores da oposição que acho que vão votar
este projeto, porque ele é bom, dá segurança para as crianças que estão saindo
ou chegando uniformizadas nas escolas, para saberem que elas estudam naquela
escola, para o brigadiano reconhecer ela na rua. Se acontece alguma coisa,
algum sequestro, ou aquele aliciador – Ver. Tarciso, V. Exa. que conhece tão
bem, Ver. Paulinho – que está esperando a criança para pegar, para levar, para
fazer uma maldade ou para botar na vida do fumo, transformar a criança num
“aviãozinho” para levar a droga para aquela vila ali do lado. Então, ela
estando uniformizada, vai ser identificada facilmente.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. MARIO
FRAGA: Sem
uniforme? Pode levar. Pode levar com uniforme, sem uniforme, escola municipal,
escola estadual, até escola particular. Infelizmente, hoje o traficante está
esperando para dar o bote em qualquer criança, não há mais nível, não é porque
é pobre e não é porque é rico. O traficante quer pegar uma criança para aliciar
para levar para o tráfico, sim, de qualquer nível. Não é só na Restinga, lá no
Lindoia acontece isso, Ver. João Bosco, V. Exa. e o Ver. Tarciso conhecem tão
bem, sabem o quanto acontece isso todos os dias em qualquer lugar do Município.
E o Ver. Comassetto também, que é da nossa Região, conhece tanto quanto eu a
Restinga, sabe a alegria daquelas crianças por usarem uniforme.
Eu queria deixar claro também que, conforme este
Projeto, serão dois kits de uniformes
para as crianças, para dar tempo de lavar e repor. Claro que haverá exceções.
Segundo um dos nos nossos assessores, a lei federal, Ver. Waldir Canal, não
proíbe nenhum aluno de entrar na escola. Com certeza não seremos nós, não será
o Prefeito Fortunati, que vamos proibir alguma criança de entrar na escola.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
discutir o PLE nº 007/14.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, quero aqui, em nome do Partido
dos Trabalhadores, dizer que nós não só reconhecemos os princípios que a Ver.ª
Sofia Cavedon, que é educadora, defende, como entendemos que o debate aqui não
é de ordem pessoal. Se a Sofia tem filho ou não tem, se vai à escola ou não
vai. Nós estamos discutindo aqui uma questão de conceito, tanto que nós
Vereadores do Partido dos Trabalhadores temos até opiniões divergentes sobre
esse tema.
Particularmente sou favorável à questão do
uniforme, porque entendo que traz o princípio da igualdade entre as crianças.
Eu fui educado usando uniforme em escola pública e sempre valorizei isso. Não é
só por isso, também hoje, das minhas filhas, uma estuda em escola pública, e
duas em escola privada, mas as três usam uniformes. Eu creio que o uniforme
ajuda a identificar as crianças na rua, o que também é um princípio de
segurança, de identificação, de valorização da sua unidade educacional.
Portanto, a nossa Bancada está com o voto liberado. Eu votarei favoravelmente
ao uso de uniforme.
Agora, eu tenho algumas preocupações, já recorri
e sugeri que seja feita uma emenda. Exigir uniforme, Ver. Guilherme Socias
Villela? Bom, os temos que garantir que as crianças o tenham à sua disposição –
e como ele será obrigatoriedade de doação pública, não pode ser um jogo de
uniforme, então, tem que ter um conjunto de uniformes, no mínimo dois jogos
para verão e inverno, para que as crianças possam ter rotatividade, e as
famílias possam dar sustentação. Eu também queria dizer que se é para
discutirmos a questão da educação, como alguns vieram aqui trazendo essa
discussão, atacando a Ver.ª Sofia, eu queria lembrar que ela, sim, foi
Secretária. Quando nós iniciamos a gestão pública em Porto Alegre, havia 37
escolas públicas do Ensino Fundamental; quando nós saímos, em 2004, havia 92
escolas. Então, façam a conta. Isso tem que ser dito, porque foi graças à
condição e à gestão que a Secretária Sofia construiu na época. Então, pelo
gráfico que tenho aqui, em 2004, tinha 92 Escolas Infantis; em 2010, 93. Então,
pode-se perceber que num período longo foi construída uma escola, dentro da
atual gestão. Não é essa a discussão que está aqui e não é uma disputa pessoal
com a educadora e com aqueles que votarão discordantes com esse projeto. Então,
essa é uma questão de entendimento conceitual da sociedade educacional e um
princípio educativo. Bom, nós temos conceitos diferentes sob os procedimentos
educativos, particularmente, eu, o Ver. Mauro e o Ver. Alberto Kopittke, temos
uma opinião diferente, queremos agora expressar essa opinião. Até porque, volto
a dizer aqui que valorizo a questão do uniforme daquelas crianças, pela
identificação que traz em relação à sua instituição educacional, pela
valorização no sentido de que haja um princípio de igualdade, porque, queiramos
ou não, a lógica consumista de roupa de marca, de moda, do tênis, isso leva,
sim, a uma disputa de beleza – entre aspas – entre as crianças, e não é esse o
princípio que nós devemos ter na formação da juventude.
Então, eu levo em consideração esses elementos,
neste caso aqui, tendo uma opinião divergente, mas respeitosa, daqueles e
daquelas – não é só a Ver.ª Sofia que votará diferente – que votarão de forma
diversa sobre o uniforme, mas que é uma questão de princípio no processo todo.
Estamos apresentando uma emenda no sentido de que o sistema que vai doar os
uniformes garanta, no mínimo, dois jogos de uniforme, tanto no verão, como no
inverno, para que possa haver a rotatividade, para que as crianças possam ter a
garantia de ter o uniforme para entrar na escola. Um grande abraço. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para
discutir o PLE nº 007/14.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, vou tentar situar um pouco aqui
esta discussão nos tempos históricos. Eu venho de uma geração, assim como meus
filhos, uniformizada. Eu estudei em grupo escolar...
(Aparte antirregimental.)
A SRA. JUSSARA
CONY: Não,
eu nasci na ditadura, eu nasci muito antes da ditadura, eu combati a ditadura.
Os meus primeiros filhos nasceram na época da ditadura e o meu último, na época
da redemocratização. Estudei em escola pública, que absorvia, na minha época, a
todos, não havia muitas escolas particulares, só para as grandes famílias – a
maioria ia toda para a escola pública.
Na minha concepção, isso, desde aquela época –
talvez, pela época histórica em que vivi –, democratiza. Eu acho que o que faz
um ensino disciplinador e autoritário não é o uniforme. O que faz um ensino
disciplinador e autoritário é o modelo de ensino, o modelo de gestão. Eu acho
que aqui nós temos problema de gestão em relação à questão dos uniformes.
Primeiro: não houve uma discussão estratégica com a comunidade escolar e com os
alunos. São uniformes de má qualidade, não há identidade do uniforme, dos
calçados, os números não condizem com o tamanho dos alunos, inclusive, numa
mesma família, vários já falaram sobre isso – vou adiante.
No nosso entendimento, uma questão como essa
tinha que ser discutida com a comunidade escolar, até porque a sociedade
capitalista impõe modismos, influi na vida das pessoas, das crianças e dos
adolescentes. Li há pouco um artigo que é uma análise, inclusive, de como o
capitalismo se prepara para que os adolescentes e crianças sejam potenciais
consumidores. Então, há essa influência.
Mas como é que se pode superar essa influência,
que, no fundo, no fundo, é uma questão de classe mesmo? Democratizando as
decisões, democratizando a comunidade escolar, buscando uma média de estilo de
uniforme, em consonância com aquela comunidade escolar. Não sei como é que vai
ser isso!
Uma sugestão: quem sabe fazer um concurso na
própria comunidade escolar para que as crianças e adolescentes sejam
protagonistas na sua escola, porque eles, sendo protagonistas, haverá um salto
de qualidade para algo que, independente de gostarem ou não do uniforme, no
fundo, eles não querem usar uniforme. Eles não querem usar uniforme! Eu sou a
favor! Mas eles não querem.
E na medida em que se fizer um concurso, com a
participação da comunidade, vai incentivar o uso do uniforme, porque quem é
protagonista decide. Aí incentiva o uso do uniforme. As crianças e os
adolescentes têm opinião. Nós não queremos formar gerações que não tenham
opinião. Eles têm direito à opinião contrária.
Se fizer um concurso, Sofia, olha que beleza, um
concurso, vendo se quer uniforme, se não quer uniforme, mas, fundamentalmente,
que tipo de uniforme.
Outra coisa, nós, no PPA, que é o orçamento
geral da gestão, em tese, não está vinculado ao percentual da educação, nós
sabemos disso, o que não significa que assim será, porque a sociedade, esta
Casa e a comunidade escolar só vão poder verificar se não foi computado como
investimento na educação, inclusive tirando de outras áreas estratégicas, no
momento da prestação de contas anual. Agora é uma incógnita para nós. Bom, a
obrigatoriedade não pode ser compulsória também. Pode ser que, por um motivo ou
outro – e acho que a Fernanda pegou bem –, a criança não esteja com o uniforme.
A realidade das nossas comunidades, a sua cultura, é tudo muito diferente.
Muitas vezes, não deu para lavar, choveu e não tem onde secar, não tem
secadora, lavou no tanque, e a criança vai ficar sem assistir à aula? Isso é
uma imposição; isso é antidemocrático, é antiformação, anticapacitação da nossa
juventude!
O uniforme nas escolas, inclusive, foi retirado
– não esqueço disso – no período neoliberal, quando a lógica era incentivar o
individualismo e o consumo – não vamos esquecer disso. Claro que tem que
aprofundar mais esta discussão, o que não dá para fazer em cinco minutos.
Agora, aqui, tem que ser sensível ao que as escolas trouxeram. A
operacionalização foi mal gerida, não foi discutida com a comunidade escolar. O
marisco é a comunidade, o mar é o rochedo. Quem mandou o projeto foi o rochedo,
e nós, o mar, aqui, tentando melhorar, mas melhorar o quê, se já está
resolvido, se já estão comprados? Numa forma de gestão que foi mal gerida, o
uniforme não vai ser usado, porque é de baixa qualidade, a comunidade não
participou. Então é uma malversação de dinheiro público, independente de onde
sai. Acho que é um projeto que traz a necessidade de uma reflexão. Não dá mais
para impor...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vereadora. O Ver. Mario Manfro está
com a palavra para discutir o PLE nº 007/14.
O SR. MARIO
MANFRO: Ver.
Professor Garcia, caros colegas, uma saudação especial ao meu colega Paulo Brum
pelo retorno hoje, totalmente recuperado – ou, pelo menos, parcialmente, mas
está de volta.
Em relação especificamente a este projeto, eu
não vou ocupar os cinco minutos, mas, como faço parte da base do Governo, quero
justificar por que o meu voto vai ser contrário a este Projeto. Acho que o
uniforme não é democrático. Acho que ele fere a democracia. O art. 3º deste
Projeto diz que os alunos matriculados na Educação Infantil, Fundamental e
Especial da Rede Pública Municipal de Porto Alegre, para ingresso aos
estabelecimentos de ensinos respectivos, deverão estar uniformizados. Eu
pergunto: se por “n” motivos, o aluno não conseguiu ir naquele dia
uniformizado, como será? Qual a atitude que será tomada? Isso não está
explícito aqui. Falam em bullying,
que a uniformização deixaria todos iguais. Eu já acho isso também errado. E se
a criança tiver um celular ou um relógio melhor? Enfim, a única justificativa
que encontro é no que diz respeito à identificação na entrada e na saída do
colégio, pela segurança, talvez. As outras justificativas apresentadas não me
convencem. Dizer que um vai usar roupa de marca, que o outro vai usar uma roupa
que não é de marca... Acho que toda a comunidade tem que ser ouvida.
No início, estávamos fazendo uma espécie de
concurso sobre quem conhece mais a periferia, e todos nós conhecemos a
periferia, a cidade de Porto Alegre. E, pelo que vi, também estávamos fazendo
um concurso sobre quem teve a infância com maior dificuldade. E não é por aí,
não é essa a discussão a ser travada. Na minha forma de pensar, o uso de
uniforme é um retrocesso. Acho que a comunidade escolar deveria ser ouvida.
Acho que as crianças, os adolescentes deveriam ser ouvidos, porque não vai
adiantar nós os obrigarmos a ter uniforme escolar se eles resolverem não usar!
O que vamos fazer? Não vamos os deixar estudar? Nós estamos criando um problema
dessa forma. Deve haver uma discussão mais ampla com os colégios, com os
próprios adolescentes, as crianças, para ver da vontade da comunidade. O Ver.
Mario – meu xará – disse que as crianças ficam contentes ao receber. Nada mais
natural, Vereador, diante de qualquer presente, de qualquer coisa que se
receba, a gente fica contente. Mas depois vai querer usar? Vai querer usar
todos os dias a mesma roupa? Acho que tem que ser melhor discutido, e hoje, se
for para votação, o meu voto vai ser contrário. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Apregoo a Emenda nº 02, de autoria dos
Vereadores Engº Comassetto e Mario Fraga, ao PLE 007/14.
Em votação a Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº
007/14. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 01, como autora.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada,
Vereador-Presidente, ao encaminhar, eu propus uma emenda, e o Vereador-Líder
assinou. A minha posição é contrária, votarei contra – espero que V. Exas.
também – no sentido de retirar uma flagrante inconstitucionalidade, que é o
art. 3º: “Os alunos matriculados em educação infantil, fundamental e especial,
para ingresso nos estabelecimentos do ensino respectivo, deverão estar
uniformizados”. Então, eles não poderão ingressar se não estiverem
uniformizados, é o que diz a lei. Eu estou propondo a supressão deste artigo.
(Aparte antirregimental do Ver. João Bosco Vaz.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Quando
nós recebemos o projeto na CECE, solicitamos, no dia 18 de setembro, que o
Conselho Municipal de Educação se manifestasse sobre o uso dos uniformes. Há
uma questão muito importante que o Conselho retoma: “É proibido qualquer forma
de constrangimento e vexame à criança e ao adolescente, sendo que não devem ser
penalizados pela negligência dos adultos por eles responsáveis”. Ou seja, se a
criança não for com o uniforme completo, a responsabilidade é da família.
Muitas vezes, ninguém da família, nenhum adulto acorda, a criança acorda
sozinha e vai para a escola. Nós sabemos disso. O Ver. Mario Manfro, que
trabalha na periferia, sabe bem como são as vidas das nossas crianças. A
criança não pode ser penalizada, não pode chegar à porta da escola e ser
constrangida – não é nem impedida, é constrangida –, porque não está de
uniforme; pode o uniforme estar sujo, amassado, rasgado, ou ela não sabe nem onde
está. O parecer do Conselho a nossa Comissão não pôde discutir, e não há
parecer da CECE, porque foi retirada da Comissão essa possibilidade em função
do art. 81, deixou muito claro, só por isso já votaria contrário. O Conselho
fala: “A Constituição Federal em 1988 garante a igualdade de condições para
acesso e permanência. O uso do uniforme pode ser recomendado, mas ficam vedadas
medidas que violem integridades físicas, psíquicas e morais da criança, bem
como qualquer forma de constrangimento. Reiterar juntos às escolas e demais
órgãos competentes a proibição de dispensa de aluno não uniformizado, devendo
ser assegurado o ingresso na escola e a participação do mesmo em todas as
atividades de ensino-aprendizagem”.
Atenção ao item 3.4. Publicizar, determina o
Conselho Municipal de Educação, a dotação orçamentária para aquisição anual dos
uniformes, sendo que o seu custeio não deve ser realizado com recursos
destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino. Portanto, não pode sair
uniforme dos recursos da Educação, Ver.ª Fernanda, posição do Conselho
Municipal de Educação, Ver. Mario Fraga. E nós não podemos fazer esse debate na
CECE. E eu digo a V. Exas., há uma posição clara contrária à uniformização, ao
direito das crianças se vestirem da forma como acharem importante, ao
protagonismo dos adolescentes, das crianças, de dizerem se querem ou não vestir
isso ou aquilo. Vou dizer a vocês que eu estudava em uma escola privada, com
bolsa de estudos, em Veranópolis, e era uniformizada; mas o uniforme não resolvia
o meu problema de me sentir mais pobre do que as outras crianças e
adolescentes! O que resolvia era o suporte que a minha família dava, o suporte
dos professores que trabalhavam não a competição e sim a solidariedade. Então,
a minha emenda, que nós apresentamos, é retirada da inconstitucionalidade, da
possibilidade de constrangimento da criança ao ser solicitado que ela esteja de
uniforme ou até seja impedida, porque, da forma como a Lei está escrita, impede
que a criança assista à aula caso não esteja uniformizada. Então, senhores e
senhoras, é para ver como não é bom o espírito desse projeto, que não atende à
Constituição, não atende ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
(Não revisado pela oradora.)
O Sr. Reginaldo Pujol: Sr. Presidente,
eu requeiro a V. Exa. que determine a distribuição da cópia dessas duas emendas
surgidas de última hora ao projeto, sem as quais não é possível votarmos com
tranquilidade. Até porque, em um determinado momento, nós teremos que dispensar
ou não o envio dessas emendas à apreciação das Comissões. Provavelmente eu vou
encaminhar a votação dependendo do que eu ler.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Ver. Reginaldo Pujol, é um direito de V. Exa., e
isso já está sendo providenciado porque já está circulando.
O Sr. Reginaldo Pujol: Perfeito, vamos
aguardar.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº 007/14.
O SR. DR.
THIAGO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, quero saudar este projeto que
acaba vindo à Casa, porque concordo com aqueles colegas que falaram, em duas
situações. Primeiro, na questão da prevenção da violência. Hoje, escutamos
relatos sobre escolas estaduais fechadas em função da guerra do narcotráfico,
mostrando toda a dificuldade que a Secretaria Estadual da Segurança Pública
teve no enfrentamento do tema. Infelizmente, acabou perdendo essa batalha. Em
segundo lugar, no sentido de viabilizar que aquelas crianças que não tenham
material adequado possam frequentar as escolas sem sofrer discriminação. Estas
são as questões.
Tenho dois filhos em idade escolar – o terceiro
ainda não está –, que estudam em uma creche privada, e eles utilizam uniforme.
Não vejo problema nisso. Eu estudei em escola pública, no Interior do Estado, e
utilizava uniforme. Não vejo problema nisso.
A grande dificuldade que se tem com relação à
questão ditatorial, Ver. Pujol, vem de outras searas. Na seara pública, por
exemplo, no que se refere à saúde, trazer profissionais que vêm de regimes de
exceção e que são reprimidos por esses regimes, isso, sem dúvida nenhuma – e
falo claramente desta situação – é dar ensejo, é fomentar, é ajudar os regimes
de exceção e os regimes ditatoriais, como temos visto. Esta é a minha opinião.
Hoje, na balança comercial de Cuba, a melhor
forma de angariar divisas é através dos programas que exportam médicos. Isso
está colocado, é uma questão comercial. Então, não vejo nenhum fomento a
qualquer tipo de situação que possa ensejar qualquer volta a esse regime a
partir deste projeto, que possa fomentar qualquer coisa nesse sentido.
Eu vejo, neste projeto, uma forma de poder dar
aos jovens aparelhos iguais, possibilidades iguais para que possam estudar. O
Brizola dizia que a única forma deste País poder atingir o desenvolvimento
seria através da educação, não só daquilo que é ensinado nas escolas, mas das
condições, das possibilidades a todos os jovens. Só dessa forma nós vamos
chegar ao desenvolvimento. Não é de forma assistencialista que nós vamos chegar
ao desenvolvimento, Ver. Reginaldo Pujol! É só através da educação. É só
através de dar formas e subsídios concretos para que adolescentes e crianças
possam ter as mesmas oportunidades. É só dessa forma.
Sempre que se interpõe uma emenda a um projeto
pressupõe-se o fato de que, se eu aprovar essa emenda, eu vou votar a favor do
projeto. Eu vou votar a favor do projeto. Tomara que isso esteja acontecendo
com essa emenda da Ver.ª Sofia Cavedon. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº 007/14, pelo
Governo.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, eu ouvi um discurso dizendo que aqui é competição
de quem mais anda na periferia e competição de pobreza, de quem mais viveu
pobreza. Eu não sei, de repente, quando eu falo que eu ando na periferia pode
ofender algumas pessoas. Quando eu falo algumas partes da minha vida, da minha
história, pode ofender algumas pessoas. E digo mais: democracia é socializar,
senhores, é fazer com que todos – volto a insistir – os alunos que frequentam
escola, principalmente as da periferia – eu frequento periferia e não tenho
vergonha de falar. Como disse um Vereador, aqui parece gincana de quem mais
frequenta periferia. Eu frequento periferia sim! Frequento e trago
reivindicações da periferia aqui para dentro da Casa. Então, é socializar,
senhores! É dar segurança às crianças.
Subiram aqui e falaram item por item do meu discurso,
só não falaram que foram ouvidas 96 direções de escola! Só não falaram que
foram ouvidos 96 Conselhos Escolares, isso não falaram, isso não reforçaram
aqui! Então, senhores, é como disse o Dr. Thiago: se alguém não concorda com o
projeto, que não venha querer botar emendas! É democracia, é claro, é
democracia!
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. DELEGADO
CLEITON: Eu
respeito, é democracia! Mas o que nós temos visto aqui muito, muito, muito são
questões, às vezes, até particulares que são trazidas para dentro da Câmara. Eu
não gosto do Secretário tal, então, a partir daí, eu vou criar alguma situação
para que ou eu entre no projeto do Governo fazendo emendas, mesmo que eu vá
votar contra, para depois levar para as pessoas e dizer: ah, se não fosse eu...
É claro que ninguém vai proibir a entrada de alunos na escola, o que se quer é
democratizar, essa é verdadeira democratização. Não é soltar todo o mundo de
uma forma ou de outra. É como diz a Ver.ª Jussara Cony, que utilizou uniforme,
eu também, Jussara, tapa-pó, é isso, não é? (Pausa.) Isso não nasceu da
ditadura, o próprio socialismo, em alguns países, uniformizava para que todos
tivessem o mesmo padrão!
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. DELEGADO
CLEITON:
Então, senhores, é questão de... Quando é para mim, é diferenciado. Quando eu
falei que o PT de Canoas faz, disseram que fique cada um no seu quadrado. Mas o
PT de Canoas instituiu e não houve esse debate se a roupa é ou não de má
qualidade; lá é outro PT! Aqui o que se vê muito é isso: ou se derruba ou se
interfere no projeto. Não sou contra emendas porque fazem parte do processo
legislativo, mas isso de se adonarem do projeto ou votarem contra é algo que
não entendo. Peço que o projeto seja votado na íntegra, para que se restitua,
sim, a democracia. Quanto àqueles que falam que aqui há gincana de quem mais
comenta sobre a pobreza e as periferias, eu ando na periferia e com muita
honra! Gostaria que fosse votado este projeto, que possibilita a verdadeira
democracia, porque vai igualar os alunos, principalmente os da periferia. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº 007/14.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA:
Boa tarde aos colegas, Vereadores e Vereadoras, acho que incorremos naquele
erro comum de simplificar as coisas, porque pela fala de alguns, se obrigarmos
a usar o uniforme é totalitário e iguala, ou não iguala se for dispensado o
uso. Acabei de escutar que, se a emenda da Verª Sofia passar, ou seja, tirar a
obrigatoriedade do uso do uniforme, será dinheiro jogado fora. A família vai
receber o uniforme e não vai usar, vai jogar fora. Essas simplificações são
típicas do debate, nós temos que respeitar; a democracia é poder escutar as
várias posições, de um lado e de outro, inclusive simplificadas – demais,
muitas vezes. Mas tenho receio, sim, já que se falou em Estado totalitário
aqui, o problema não é a figura que representa o Estado totalitário, o problema
é o guarda da esquina – a frase não é minha, mas é verdadeira. Se passar o
artigo 3º e nós não aprovarmos a emenda proposta pela Ver.ª Sofia Cavedon, pela
nossa Bancada, que tira essa obrigatoriedade, pode, sim, a criança que chegar à
escola, acompanhada dos seus pais, e, por um motivo ou por outro não tenha
secado o uniforme, ser barrada. Ela terá que voltar para casa para buscar o
uniforme; será que volta para a escola? Então, o problema é o guarda da
esquina, nesse caso.
Vejam, a ideia é sempre boa, da possibilidade de
o Município dispor de mais esse recurso. Concordo, também, com essa questão de
que há outras prioridades, de escolas que não foram feitas. O Conselho
Municipal de Educação já se posicionou contrário, não colocar recursos da
Educação onde não precisa, em algo secundário, diante da necessidade de ter a
própria escola. As escolas foram decididas no Orçamento Participativo e não
foram executadas.
O tema parece encantar, num primeiro momento,
Ver. Pujol, o senhor que é um liberal, espero que seja liberal também em temas
que tratem da individualidade humana, não só no sentido econômico, porque ter o
direito de ir com uma roupa ou ir com o uniforme fornecido pelo Município não
mudará em nada, ou mudará em muito pouco a influência da criança. É desejável
que não haja uma disputa entre quem vai com a roupa melhor, mas aí você coloca
o uniforme em todo mundo – como disse o Eduardo, um companheiro meu, há pouco –
e aí a criança vai com um iPad, de última geração, com um relógio diferente ou
com um tênis. Então não é só a roupa que afastará todos os males e toda
influência que tem o assédio da publicidade infantil. Vocês sabem que mais da
metade das decisões de compras dentro de uma casa, no Brasil, é tomada pelas crianças
e adolescentes. Mesmo nos canais fechados há o assédio das propagandas. Se
vocês ligarem um canal pago, às 3h, poderão ver que há desenhos e propagandas;
muito mais propagandas do que desenhos. Nós temos que discutir os temas reais,
e esse é um tema real. É isso que transforma as crianças em verdadeiros
batalhadores, num mundo competitivo. E aí vem todas as angústias e assim por
diante, porque não conseguem ter, e ter é mais do ser nesta nossa sociedade.
Esses são os temas chaves. Enquanto isso, estamos discutindo aqui que parece
que as crianças, obrigatoriamente uniformizadas, resolverão todos os problemas
e todos os males. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº 007/14.
O SR. REGINALDO
PUJOL:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu corro o risco de ser
considerado incoerente porque tenho sustentado que estamos gastando tempo em
demasia para discutir esse projeto e venho gastar mais 5 minutos nessa
discussão. Por que o faço? Até para acentuar esse fato. Essas duas emendas que
temos aqui, colocadas na última hora, são um direito líquido e certo de todos
os Vereadores, desde que apoiado por suas lideranças. Uma das emendas é
proposta pelo líder do Governo e o líder da oposição, simultaneamente, na
undécima hora, faltavam 2 segundos para encerrar quando foram apresentadas.
Obviamente que não permitem sequer serem corrigidas em alguns aspectos. Quero dizer
claramente o seguinte: eu tenho ouvido muito falar em democratização, etc. Eu
fui aluno de escola pública no Primário, assim se chamava no meu tempo, no
curso Ginasial e em ambos eu tinha um uniforme, sendo que no curso Primário eu
tinha que usar um guarda-pó branco. Normalmente saía de casa, de manhã, com
ele, branco, e voltava com ele marrom, em função de que era natural que em uma
brincadeira qualquer ele sujava, e lá minha mãe ia quase que diariamente lavar
o guarda-pó que deveria estar em condições de uso no outro dia. Eu tinha um
único guarda-pó. Mais tarde eu tive uma única túnica, uma única calça, um único
cinturão, porque no Ginásio o uniforme era exatamente um uniforme praticamente
militar; uma túnica, uma calça, um cinturão e assim por diante. Dos meus
colegas, que foram colegas de Primário, deu de tudo um pouco. Tem gente que foi
presidente da FIERGS, tem gente que morreu na pobreza, enfim, aconteceu de tudo
um pouco. Uniformizar não faz mal a ninguém por si mesmo, faz até bem, é uma
forma de disciplinar, uma forma de organizar as escolas. Nós, aqui na Câmara,
somos uniformizados, nós, os homens, temos que vir de gravata, sim, senhor,
assim determina o Regimento. Agora, a Emenda que o Líder do Governo e o Líder
da oposição nos trazem, lido numa primeira vista, assusta, Vereador, porque diz
assim, (Lê.): “A fim de compor o uniforme escolar, serão fornecidos pelo Poder
Executivo – nem pode ser por outro, não pode ser o Poder Legislativo –, aos
alunos matriculados na educação infantil, fundamental e especial da Rede
Pública Municipal de Ensino de Porto Alegre, no mínimo [ainda bem que botou só
‘no mínimo’] 02 camisas de manga longa; 02 camisas de manga curta; 01 calça e
01 bermuda”. Quer dizer, estabeleceram que menino e menina vão usar calça, não vão
poder ter saia. Quando queremos escrever demais, disciplinar demais, acabamos
cometendo esses furos. Ainda bem que é no mínimo, porque eu não posso impor a
uma menina que necessariamente tenha que usar uma calça ou uma bermuda para ir
na aula. Não posso, não devo! Então quando falamos em uniformizar, temos que
respeitar as coisas como elas são colocadas. A minha querida Ver.ª Sofia
Cavedon, com quem tenho tido grandes discussões, mas que respeito muito, acho
que as pessoas têm o direito de ter posição, vem também ao final e diz assim,
(Lê.): “Suprima-se o art. 3º, renumerando-se os demais”. O art. 3º diz o
seguinte, (Lê.): “Os alunos matriculados na educação infantil, fundamental e
especial da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, para ingresso nos estabelecimentos
de ensino respectivos, deverão estar uniformizados”. Isso é o que diz o artigo
que a Ver.ª Sofia Cavedon quer suprimir. Mas, se ela suprime só o artigo, ela
deixa ficar o parágrafo único, que vai ser renumerado de acordo com o que ela
pede (Lê.): “A Secretaria Municipal de Educação regulamentará as
excepcionalidades ao disposto no caput deste
artigo, considerando-se os casos fortuitos e os de força maior.” Vereador, V.
Exa. é contra a obrigatoriedade. Eu, como liberal, em tese, sou contra a obrigatoriedade.
Mas acho que, como liberal verdadeiro, no começo tem que ter igualdade de
oportunidade. No final, Vereador, nós, os velhos, precisamos não de igualdade
de oportunidade, mas de igualdade de tratamento. É a nossa aposentadoria, e
assim por diante.
No caso concreto, o parágrafo esclarece o
artigo. Então, Sr. Presidente, quero, lamentavelmente, dizer ao Líder do
Governo, ao Líder da oposição e à combatente Ver.ª Sofia Cavedon que essas
emendas não servem para nada, porque não esclarecem nada, só confundem mais
ainda o que já estava colocado. Vamos votar o Projeto. Voto contra as duas
emendas apresentadas. Acho que nós temos que olhar com muito carinho essa
circunstância. Chega na última hora e a coisa vai indo. Porque sou a favor do
Projeto, não quer dizer que eu vou apoiar as emendas. Vou votar contra as duas
emendas, sim, senhor!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº 007/14.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, Ver. Pujol, quero lhe dizer que
concordo com Vossa Excelência. Concordo plenamente. E quero também dizer, Ver.
Tarciso, que V. Exa. que já está de acordo com o Ver. Pujol para que se rejeite
esta Emenda pela confusão que ela pode causar. Ela pode causar confusão. Então,
na Emenda nº 02, nós já temos até o autor concordando que devemos votar contra
para que ela não crie constrangimentos. Se uma menina quer botar saia ou botar
calça, a Secretaria, as escolas é que vão definir isso, o bom-senso vai definir
isso. Não há necessidade dessa Emenda.
Eu queria só lembrar a Ver.ª Sofia – que agora
já está de bom humor, está feliz, deve ter recebido uma boa notícia – que o
Município de Canoas adota o uniforme, e eu fiquei mais tranquilo, Ver. Mario
Manfro, porque eu acho que, na realidade, a Ver.ª Sofia não é contra o Governo
de Porto Alegre, ela é mais contra a tendência lá de Canoas. Então, isso eu
entendo e não vou tripudiar sobre isso. São tendências diferentes, e isso nós
entendemos. Eu vou concluir, Ver. Brasinha, dizendo que nós vamos aprovar o que
tem que ser aprovado. No caso da Emenda nº 02, vou concordar com o Ver. Pujol,
com o Ver. Tarciso, para que não se crie confusão. Os Vereadores tiveram boa
vontade, mas, quando se deram conta que poderia criar confusão, entenderam que
a Emenda nº 02 deva ser rejeitada. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Carlos Nedel, a Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº 07/14. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADA por 08
votos SIM e 15 votos NÃO.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Carlos Nedel, a Emenda nº 02 ao PLE nº 007/14. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADA por 07 votos SIM, 13 votos NÃO e 03 ABSTENÇÕES.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Mauro
Pinheiro, o PLE nº 007/14. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 19 votos SIM e 05 votos NÃO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0527/13 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 021/13, de
autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que
altera o parágrafo único do art. 29 da Lei nº 8.986, de 2 de outubro de 2002 –
que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários do Departamento Municipal
de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre (Previmpa),
dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências –, e alterações
posteriores, incluindo exceção à proibição de o funcionário convocado para o
regime especial de dedicação exclusiva exercer cumulativamente outro cargo,
função ou atividade pública ou privada.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela
existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto
(empatado);
- da CEFOR. Relator Ver. Cassio Trogildo: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clàudio Janta: pela
aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Mario Fraga: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
-
incluído na Ordem do Dia em 09-04-14;
-
adiada a discussão por cinco Sessões em 03-09-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº
021/13.
(Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 021/13.
A SRA. SOFIA
CAVEDON:
Sr. Presidente, Sr. Vereadores, pelo que eu entendi desta legislação proposta
pelo Ver. Reginaldo Pujol é que temos uma ampliação nas possibilidades de
atividades concomitantes à convocação de Regime de Dedicação Exclusiva na
Prefeitura de Porto Alegre. Entendi que há uma flexibilização em três situações
– no caput desse artigo – das
vedações ao Regime de Dedicação Exclusiva, ou seja, inclui uma exceção à
proibição do funcionário convocado para Regime Especial de Dedicação Exclusiva.
Seriam elas: primeiro, órgãos de deliberação coletiva; segundo, atividades
didáticas, que hoje já são previstas, dar aula, por exemplo; terceiro, outras
atividades públicas ou privadas que não interfiram no Regime Especial de que
trata esse artigo e sejam compatíveis com o horário de trabalho, devendo-se
priorizar sobre essas convocações do Poder Público Municipal no exercício das
atribuições e das funções de cargos públicos e delegações das respectivas
chefias. Então esse inciso III, que me parece que é a novidade, na verdade,
abre de forma irrestrita, porque a questão do Regime Especial de Dedicação
Exclusiva não diz respeito a horário de trabalho; diz respeito à dedicação
exclusiva: tu vais se dedicar àquela função, e não a outra. Eu quero, Ver.
Pujol, inclusive, lhe dar a possibilidade de argumentar aqui, porque esperava
que no debate, na discussão pudesse ter sido feito. Eu entendo que o regime de dedicação
exclusiva tem uma convocação e uma remuneração correspondente para proteção,
inclusive, do interesse público, uma vez que a pessoa investida da dedicação
exclusiva vai exercer funções que não podem ter correlatos na iniciativa
privada ou noutros órgãos, que a beneficiem. Ela terá que se dedicar ao
Município e receberá por isso. Portanto, não estou convencida, a nossa Bancada
também não, de que nós devemos fazer esta ampliação, porque aí deixa de existir
sentido numa convocação para regime de dedicação exclusiva, portanto não haverá
mais dedicação exclusiva, a não ser que haja conflito de horário. Mas conflito
de horário não é o único problema, aliás, não é a regra, não é o problema da
dedicação exclusiva.
Então, quero aqui dizer que em princípio a nossa
Bancada é contrária a simplesmente retirar a possibilidade de servidores
exercerem de forma exclusiva o seu trabalho para a Prefeitura de Porto Alegre,
que é isso, de fato, o que acontece nessa sua iniciativa, tirando, portanto,
potência e qualidade do serviço público municipal. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 021/13, pela oposição.
O SR. MAURO
PINHEIRO:
Sr. Presidente; Srs. Vereadores e Srs. Vereadoras, público que nos assiste,
resolvi, Ver. Reginaldo Pujol, com toda a consideração que tenho por V. Exa.,
discutir e encaminhar essa matéria, tendo em vista que, na minha opinião,
discordo de V. Exa., sei que V. Exa. é um Vereador que entende bastante da
matéria. Eu estive lendo atentamente o seu projeto e discordei de algumas
nuances, até porque o próprio Procurador da Casa nos alerta sobre um vício de
origem, Ver.ª Lourdes, pois esse projeto do Ver. Reginaldo Pujol vai contra um
dos princípios administrativos, que o Poder Executivo, o executor, o Prefeito
Municipal é quem vai exercer a organização administrativa do Município. Então,
esse projeto está entrando numa outra seara, Ver. Guilherme Socias Villela,
porque a organização dos cargos do administrativo é uma prerrogativa do
Executivo e não do Legislativo. Essa é uma das dúvidas que eu tenho, conforme o
art. 94, que também foi apontado pelo Procurador desta Casa. E o Ver. Reginaldo
Pujol faz uma defesa que é uma emenda ao projeto já existente do Executivo.
Então, essa foi uma das dúvidas que eu tive. A segunda – o Ver. Reginaldo Pujol
diz aqui que o servidor que tem dedicação exclusiva vai poder exercer outra
atividade. Essa é uma das maiores discordâncias que eu tenho, pois ele já
recebe um salário – para os telespectadores que estão nos vendo poderem
entender como funciona a parte administrativa – mensal; se ele tem a dedicação
exclusiva, Ver.ª Lourdes, ele vai dobrar esse salário; portanto, com essa
emenda ao projeto, ele vai, além de receber dedicação exclusiva, poder exercer
outra atividade.
Se ele já recebe, dobra o seu salário – ele
recebe um valor a mais porque tem dedicação exclusiva...
Então, se realmente ele quer ter uma outra
função, já existe o regime de tempo integra, pelo qual ele recebe 50% acima do
seu salário para o regime integral, dedicação integral. Mas ele poderá abrir
mão da dedicação exclusiva e passar para regime integral, podendo ter um outro
trabalho, ganhando 50%. Se ele já ganha 100% pela dedicação exclusiva, não tem
por que ele querer exercer uma outra atividade.
É essa a minha visão: se ele já recebe para ter
dedicação exclusiva, ele tem que ter dedicação exclusiva. Se ele não quer ter
dedicação exclusiva e quer desempenhar uma outra função, ele pode escolher o
outro regime de tempo integral, pelo qual ganhará 50% a mais no seu salário,
vai trabalhar aquele tempo que ele tem e, após isso, pode se dedicar a outra
atividade sem infringir o seu horário de trabalho. Então, na dedicação
exclusiva o funcionário tem que estar – tem que atender o celular a qualquer
momento – 24 horas à disposição. Aqui na Casa, temos funcionários com regime de
dedicação exclusiva, e nós podemos ligar a qualquer momento que eles estarão
prontos para nos dar uma informação, uma explicação. Portanto, vejo
desnecessário, acho um equívoco a pessoa que tem dedicação exclusiva exercer
outra atividade, sendo assim não existe dedicação exclusiva. Sou contrário ao
projeto, com todo respeito e admiração que tenho pelo Ver. Reginaldo Pujol.
Votarei contrariamente e peço aos Pares que prestem atenção neste projeto, pois
acredito que pode ser o início de vários outros na mesma situação para cargos
do Município. Sem contar que nós estamos avançando em uma área que deveria ser
de exclusividade do Prefeito Municipal, a administração do seu quadro
funcional. Não devemos nós, Legislativo, discutir como trabalharão os
funcionários do Executivo Municipal. Muito obrigado pela atenção.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 021/13, como autor.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, com todo o respeito, eu quero
dizer aos que são favoráveis ou contrários ao projeto que, em nenhuma hipótese,
cometerei o equívoco de entender que qualquer decisão pessoal represente
animosidade com este Vereador. Eu não procedo assim e evidentemente credito a
todos os meus colegas da oposição, do Governo e independentes o mesmo direito
de exercer livremente as suas posições, às vezes até equivocadamente.
Com todo o respeito, Ver. Mauro, V. Exa. está
equivocado. V. Exa. não leu o projeto. Eu não estou criando as exceções, as
exceções já existem. No próprio regramento do projeto, V. Exa. encontrará a
redação que hoje vigora, que é explícita. “Art. 29. O servidor convocado para o
regime especial de dedicação exclusiva fica proibido de exercer,
cumulativamente, outro cargo, função ou atividade pública ou privada na forma
do Estatuto. Parágrafo único. Excetua-se das disposições contidas neste artigo
a participação em órgãos de deliberação coletiva e em atividades didáticas.”
É necessário, Ver.ª Lourdes, que a gente faça uma leitura correta do que está
ocorrendo, do que se está alterando, do que se está aumentando e do que se está
modificando. O que diz no plano classificatório de cargos é o óbvio, que
cumulativamente a pessoa não pode exercer outra atividade. Cumulativamente é
coincidentemente, é no mesmo momento, na mesma hora.
Hoje, o regime da dedicação exclusiva é uma
forma de se estabelecer uma remuneração especial para o servidor público que
ganha, além do seu básico, mais 100% do salário. E, se ele não trabalhar 40
horas semanais, Ver.ª Lourdes, trabalhar 30, ele não ganhará 100%, e sim 50%.
Quer dizer que quem está neste regime de dedicação exclusiva tem um vencimento,
e, se ele abrir mão da dedicação exclusiva, vai ter 25% deste vencimento. E, se
alguém for colocado dentro desta opção e for um profissional importante para o
Município, vai renunciar à dedicação exclusiva, ficar trabalhando nas 30 horas
semanais e, com isso, vai perder 25% do salário e ficar com absoluta
tranquilidade de fazer o que bem entender, cumulativamente ou não. Mas não é
isso o que se quer. Nós queremos corrigir situações de fato.
Vários Vereadores me trouxeram exemplos. Nós
tivemos um funcionário nesta Casa, repórter, que trabalhava em regime de
dedicação exclusiva e que foi denunciado, porque, fora do trabalho que
realizava aqui, na madrugada, num plantão, numa rádio, exercia outra atividade
por duas outras horas por dia. Isso gerou um processo que andou por todos os
lugares, e a pessoa sempre foi absolvida, Ver.ª Fernanda, porque isso não é
cumulação! Cumulação é quando se dá coincidentemente.
Por isso, respeito, Ver. Tarciso, plenamente
qualquer posição que se tenha a respeito deste assunto ou de qualquer outro. Só
não posso subscrever o que diz, que estamos atropelando a legislação, porque
não estamos atropelando a legislação, Ver. Dr. Thiago. V. Exa. sabe que nós
temos grandes médicos trabalhando no Município de Porto Alegre – aspas –, em
regime de dedicação exclusiva, que trabalham 24 horas e folgam 48 horas depois.
Ver. Idenir Cecchim, nessas 48 horas, esses profissionais competentes vão ficar
inertes? Não podem trabalhar num hospital particular? Por quê? Não há
cumulação! Cumulação é coincidência, é mesmo horário! Ora, senhores,
Vereador-Presidente, V. Exa. é um homem honrado, muito digno e muito cioso,
está havendo confusão a respeito dos regimes. E a confusão não tem razão de
ser, porque as exceções não foram criadas pela lei. As exceções existem. A
regra é constitucional e já estabelece. Não se podem coincidir institutos
diferentes. Cumulação é sobreposição, é coincidência. Se forem descoincidentes,
não há um processo no mundo em que não se reconheça essa possibilidade.
Por isso, senhores e senhoras, eu me curvo,
tranquilamente, a respeito da proposta que vier a ser decidida. Aliás, esta
Casa, por 15 votos a 4, com 3 abstenções, com relação à nossa Câmara, já fez
essa correção. Agora quero fazer no Previmpa e, se me ajudarem com os votos,
vou fazer em todo o Município de Porto Alegre, sim, senhores! Porque o que está
errado tem que ser modificado em todos os lugares. E o que precisa ser bem
clareado na lei é uma obrigação nossa, como legisladores. Votem com a soberania
e a independência que cada um tem, sem preconceito e com a certeza de que, se
aprovado, não estarão cometendo nenhuma inconstitucionalidade; pelo contrário,
estarão contribuindo, exaustivamente, para que se clareie uma aplicação da lei
hoje...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 021/13.
O SR. DR.
THIAGO: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, eu quero agradecer à minha Bancada – Vereadores
Mario Fraga, João Bosco Vaz, Delegado Cleiton e Márcio Bins Ely –, pois sei que
não há consenso na Bancada em relação a esta matéria, mas eu, em nome até da
isonomia, gostaria de fazer alguns contrapontos que julgo bastante importantes.
Eu quero, primeiro, dizer que esta matéria, exatamente no mesmo molde em que
está, já foi abordada por esta Casa e, para esta Casa, já foi, conforme esta
lei, revogada a condição de dedicação exclusiva, quero dizer isso. Então, quero
partir desse princípio de isonomia – por 15 votos a 3! –, isso já é matéria
vencida na Casa, nós já aprovamos para os servidores da Casa isso!
O segundo aspecto é o seguinte: nada mais justo
do que estender isso a todos os funcionários públicos municipais. Algumas
categorias, eu fico bem à vontade, porque os médicos não estão nessa categoria,
via de regra, os médicos não têm dedicação exclusiva. Nós temos em torno de 900
médicos do Município de Porto Alegre, e não mais do que dez têm regime de
dedicação exclusiva. Mas nós sabemos de outras funções no Município, que,
inclusive em tribunais superiores, já conseguiram revogar esse processo de
dedicação exclusiva.
O que o Ver. Pujol coloca é a mais pura verdade
no que tange a esse tema. O grande problema da cumulação é quando se sobrepõem
atividades. Isso sim é improdutivo ao processo, isso sim deve ser coibido. E o
Município de Porto Alegre, é importante que se façam as justas verificações,
através do cartão-ponto, através do dedo-ponto, já fez essas correções. Todos
os funcionários hoje – é importante que se conheça –, no Município de Porto
Alegre, já cumprem a sua carga horária regimental e regulamentar. Eu considero
que, para efeito de isonomia entre o Legislativo e o Executivo, é importante;
para efeito de isonomia dentro do Executivo, aqueles profissionais do Executivo
que têm acesso às leis – os Procuradores, os auxiliares jurídicos – já
transpassaram isso, já têm procuratório, eles podem advogar fora! Os médicos,
respaldados nos artigos constitucionais, aqueles que preveem a possibilidade de
dois cargos médicos, já podem executar as suas atividades fora, assim como os
outros profissionais da Saúde. Então, o que o Vereador está querendo estender ao
Previmpa é um direito que já foi concedido a alguns grupos desses. E, de forma
muito respeitosa, divergi do Ver. Mauro Pinheiro. Eu participei, como médico
legista do Estado – agora afastado, mas como uma pessoa vinculada aos peritos
médicos legistas –, de um arremedo de plano de carreira encaminhado para a
Assembleia exatamente com essa modificação na lei estadual, para possibilitar
que os peritos médicos legistas não estivessem restritos à dedicação exclusiva.
Isso foi votado e foi reconhecido pela Assembleia Legislativa. Então, não vejo
nenhum problema condicionar isso, Ver. Pujol; não vejo nenhuma dificuldade
nisso. Quando se agregam direitos aos trabalhadores, quando se dá possibilidade
de os trabalhadores das diversas Secretarias, ainda mais com o grande problema
que se avizinha, que é uma decisão do Supremo Tribunal Federal no sentido de
retirar ganhos dos trabalhadores, é importante que se possa ter situações e
soluções como essa para protegermos os trabalhadores e mantermos o trabalho
qualificado como o que é feito no Município de Porto Alegre. Por isso, peço
muita atenção a este projeto e eu, isoladamente, vou conversar com os meus
pares dentro do PDT, sei que isso não é consenso, mas eu me manifesto
favoravelmente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Engº
Comassetto, o PLL nº 021/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 11 votos SIM e 10 votos NÃO.
A Sra. Lourdes Sprenger:
Sr.
Presidente, considerando o resultado, solicito renovação de votação do PLL nº
021/13.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Solicito que o requerimento seja feito por
escrito, Vereadora.
Em votação o Requerimento de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, Vice-Líder da Bancada, que solicita o adiamento da
discussão do PLL nº 297/13 por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0251/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 015/14,
de autoria do Ver. Paulinho Motorista, que obriga as empresas concessionárias
do serviço de transporte coletivo por ônibus no Município de Porto Alegre,
públicas ou privadas, a manter em funcionamento os condicionadores de ar dos
veículos que o possuam, altera a al. i
do caput do art. 10 da Lei nº 2.758,
de 4 de dezembro de 1964, e alterações posteriores, incluindo condicionadores
de ar no rol de características mínimas para a inclusão de veículos na frota de
prestação desse serviço, e dá outras providências. Com Emenda nº 01 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Valter Nagelstein: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da
Emenda nº 01;
- da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela
aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clàudio Janta: pela
aprovação do Projeto, da Emenda nº 01 e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 01.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 05-11-14
por força do art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o
PLL nº 015/14. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 01 ao
PLL nº 015/14 (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 05 votos SIM, 09 votos NÃO e 07 ABSTENÇÕES.
Em votação nominal,
solicitada por esta Presidência, o PLL nº 015/14. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 21 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2269/14 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 034/14, que altera os itens Requisitos de
Recrutamento, Atribuições e Identificação do cargo de provimento efetivo de
Técnico em Cultura, constante na Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988 – que
estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Administração Centralizada
do Município; dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências –, e alterações
posteriores, e dá outras providências.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Parecer Conjunto:
- da CEFOR, CUTHAB,
CECE e CEDECONDH. Relatora-Geral Verª Mônica Leal: pela aprovação do
Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 10-11-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLE nº 034/14. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1099/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 107/14, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que
declara de utilidade pública a Federação Riograndense de Capoeira – FERGS.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Cassio Trogildo: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João Derly: pela aprovação do
Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 10-11-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº 107/14. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 4003/11 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 226/11, de autoria dos Vereadores Fernanda Melchionna e
Pedro Ruas, que obriga os consórcios de transporte coletivo a fixar
tabelas de horários dos ônibus no início e no fim das linhas.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela
existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Guilherme Socias Villela:
pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela
aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Marcelo Sgarbossa: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 30-09-13.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº 226/11. (Pausa.) O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLL nº 226/11.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, esse projeto que chega para votação, de autoria da
Ver.ª Fernanda Melchionna e do Ver. Pedro Ruas, quando da sua análise pela
Comissão de Constituição e Justiça, mereceu um voto contrário da nossa parte
pela existência de óbice jurídico. Eu gostaria até, Sr. Presidente, para efeito
de esclarecimento, informar ao plenário o teor desse voto.
Nós
dissemos que o projeto foi preliminarmente, Ver. Idenir Cecchim, examinado pela
Procuradoria desta Casa, que, na folha nº 5, exalou parecer prévio que conclui
estar a matéria inserida no âmbito da competência do Município. E, de igual
modo, pela inexistência de óbice legal à sua tramitação. (Lê.): “Com efeito,
como acertadamente aduz a Procuradoria desta Casa, a Constituição Federal
atribui competência aos municípios para legislar sobre assuntos de interesse
local e organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte
coletivo, que tem caráter essencial.
Refere
que a Lei Orgânica, por sua vez, declara a competência do Município de Porto
Alegre para prover tudo quanto concerne ao interesse local e para organizar e
prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços
públicos de interesse local e os que possuem caráter essencial.
Mencionado
Parecer assevera, de igual modo, que a Lei nº 8.133/98, ao dispor sobre o
Sistema de Transporte e Circulação no Município de Porto Alegre, estatui, em
seu art. 12, que o serviço de transporte de passageiros é de caráter público e
essencial, a ser prestado com observância de condições de regularidade,
continuidade, eficiência e bom atendimento. Sublinha que a mesma norma legal,
no art. 1º, parágrafo único, e incisos I, VII e X, dispõe que são atribuições
do Poder Público Municipal, entre outras, regulamentar a prestação de tal
serviço, zelar pela sua boa qualidade, e implantar mecanismos permanentes de
informação sobre o serviço prestado para facilitar aos usuários e à comunidade
o acesso a ele.
Com
efeito, o art. 1º da retrorreferida Lei nº 8.133/98, invocado pelo Parecer,
assim dispõe: ‘Artigo 1º, o Sistema Municipal de Transporte Público e de
Circulação – SMTPC é a função urbana responsável pela circulação de pessoas,
veículos e mercadorias no Município de Porto Alegre, sendo estruturado e
fiscalizado pelo Poder Público Municipal através da Secretaria Municipal de
Transportes – SMT e da Empresa Pública de Transporte e Circulação – EPTC.
Parágrafo único, são atribuições do Poder Público Municipal [e enumera até o
item X]: implantar mecanismos permanentes de informação sobre o serviço
prestado para facilitar aos usuários e à comunidade o acesso aos mesmos’.
Observa-se com meridiana clareza que artigo em
comento estabelece, de maneira taxativa, ser atribuição do Poder Público
Municipal a implantação de mecanismos permanentes de informações sobre o
serviço prestado visando facilitar o acesso aos usuários.
Tendo em conta essa atribuição, a Empresa
Pública de Transporte e Circulação (EPTC), constituída pelo artigo 8º, da antes
citada Lei nº 8.133/98 e que tem, entre as tarefas de operação, controle e
fiscalização do transporte e do trânsito de pessoas, veículos automotores e de
veículos de tração animal no âmbito do Município de Porto Alegre, disponibiliza
em seu site, tabelas de horários,
intervalos entre viagens e viagens em veículos adaptados.
Data vênia, equivocada a
conclusão do Parecer exarado pelo órgão consultivo da Casa, visto que, não
obstante tenha, expressamente, invocado o teor do art. 1º, parágrafo único,
inciso X, de maneira contraditória, conclui pela inexistência de óbice legal à
tramitação da matéria.
Na medida em que a implantação de mecanismos
permanentes de informações sobre o serviço prestado constitui atribuição
exclusiva do Poder Público Municipal, estabelecida na legislação que rege a
matéria, o Projeto, por certo, não encerra condições de prosperar, porquanto
pretende, indevidamente, transferir tal atribuição aos consórcios de transporte
coletivo.
Destarte, refoge competência ao Poder
Legislativo obrigar os consórcios de transporte coletivo a fixar tabelas de
horários no início e final das linhas de ônibus que transitam pelo Município de
Porto Alegre, como equivocadamente pretende a Proposição.
Do exposto, decorre que o Projeto de Lei em tela
invade competência exclusiva do Executivo, estando, pois, em desacordo com os
aspectos pertinentes à legalidade, organicidade e juridicidade.
Nesse sentido, acentuamos a existência do vício
de iniciativa e reconhecemos a existência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto”...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. REGINALDO
PUJOL: ...Eu,
simplesmente, concluo dizendo que este parecer foi aprovado por maioria
absoluta na CCJ, deixando de ser minha proposição, e passando a ser proposição
da Comissão, o que, Sr. Presidente, falando com a maior sinceridade, não impede
voto em quem quer que seja. Não será a primeira vez que um projeto, por ser
considerado pela CCJ inconstitucional, que ele não é aprovado na Casa. O
plenário é soberano para votar a favor ou contra as posições que eu defendo ou
que eu proponho. Era isso o que eu tinha para colocar.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o PLL nº 226/11. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO, com os votos contrários dos Vereadores João Bosco Vaz e Reginaldo
Pujol.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0617/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 054/14,
de autoria do Ver. Waldir Canal, que inclui a efeméride Semana Municipal do
Bairro Humaitá no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de
Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre –, e
alterações posteriores, a ser realizada de 11 a 17 de novembro.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora Verª Any Ortiz: pela aprovação do
Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 18-08-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº 054/14. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. APROVADO.
O Sr. Dr. Thiago: Sr. Presidente,
solicito que na próxima Sessão o PLL nº 100/14, de minha autoria, seja o
primeiro ou o segundo a ser discutido.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, nesta quinta-feira, V. Exa. é nosso
convidado na reunião de Lideranças, até porque temos tido ampla discussão e
esta Presidência não pode tomar nenhuma deliberação, porque o colegiado de
Líderes é quem delibera.
O Sr. Dr. Thiago: Sr.
Presidente, o plenário, segundo o artigo do nosso Regimento, pode priorizar a
qualquer momento projetos. Já entreguei ao nosso Diretor Legislativo o
Requerimento por escrito para que ele seja o segundo projeto na próxima Sessão
de votação.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, nós temos que priorizar amanhã. Sugiro
que V. Exa. participe da nossa reunião, porque é um Título de Cidadão,
certamente será aprovado por unanimidade. Eu gostaria de dizer a V. Exa. que
será priorizado, mas eu não tenho essa competência, quem resolve é o colégio de
Líderes.
O Sr. Dr. Thiago: Sr.
Presidente, só para reiterar: segundo o art. 94, estou solicitando em plenário
a priorização do meu projeto.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, ele poderá ser feito na Sessão em que
será votado, quando V. Exa. poderá priorizar. Eu não sei se é o melhor sistema,
pode ser acordado para antes e não colocar em votação. Estamos abertos para
qualquer discussão.
O Sr. Mario Fraga (Requerimento): O próximo
projeto exige maioria absoluta. Solicito que se vote primeiro o PLE nº 049/13, uma declaração de utilidade
pública; o PLL nº 058/14, que inclui
o evento Cavalgada do Guerreiro, do Ver. Delegado Cleiton, no Calendário de
Eventos de Porto Alegre; e o PLE nº
022/14, que declara de utilidade pública a Associação Amigos do Vida
Centro Humanístico.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Solicito incluir no Requerimento do Ver. Mario
Fraga a votação do Requerimento nº 098/14. Em votação o Requerimento de autoria
do Ver. Mario Fraga. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3391/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 049/13, que declara de utilidade pública a
Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (AGPTEA).
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 28-04-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLE nº 049/13. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0632/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 058/14, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que
inclui o evento Cavalgada do Guerreiro no Anexo II da Lei nº 10.903, de 31 de
maio de 2010 – Calendário de Eventos de Porto Alegre e Calendário Mensal de
Atividades de Porto Alegre –, e alterações posteriores, realizado na semana
entre os dias 16 e 23 de abril.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Kevin Krieger: pela aprovação
do Projeto;
- da CEDECONDH. Relatora Verª Mônica Leal: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 03-09-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº 058/14. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1551/14 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 022/14, que declara de utilidade pública a
Associação Amigos do Vida Centro Humanístico.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Sgarbossa: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Verª Any Ortiz: pela aprovação do
Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 03-11-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLE nº 022/14. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO
- VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 098/14 – (Proc. nº 2553/14 – Mesa Diretora) – requer seja o período de Comunicações do dia 27
de novembro destinado a homenagear o Grupo Tchê Barbaridade.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento nº 098/14.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
A Sra. Fernanda Melchionna (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito verificação de quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Solicito abertura do painel eletrônico
para verificação de quórum, solicitada pela Ver.ª Fernanda Melchionna. (Pausa.)
(Após o fechamento do painel eletrônico.) Quinze Vereadores presentes. Não há
quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia – às 18h07min): Encerrada a
Ordem do Dia.
O Sr. Marcelo Sgarbossa
(Requerimento): Sr. Presidente, solicito um minuto de silêncio pelo
falecimento da Sra. Elly Herz Genro,
mãe do Governador Tarso Genro.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Deferimos o pedido.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
O Sr. Reginaldo Pujol: Sr. Presidente,
solicito à Mesa, a pedido da Bancada dos Democratas, que transfira ao
Governador as nossas mais sinceras condolências.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Se V. Exa. permitir, Vereador, estenderemos o
pedido em nome de todos os Vereadores desta Casa, que levará os votos de
condolências ao Governador.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com
aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 2205/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 210/14,
de autoria do Ver. Airto Ferronato, que declara de utilidade pública a Academia
de Letras dos Municípios do Rio Grande do Sul.
PROC. Nº 2305/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 215/14,
de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Coronel Adão Cordeiro
o logradouro público cadastrado conhecido como Praça 3731 – Loteamento Jardim
Itu –, localizado no Bairro Jardim Itu Sabará.
PROC. Nº 2366/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 217/14,
de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que concede o título de Cidadã de Porto
Alegre à irmã Gentila Segatto.
PROC. Nº 2481/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 226/14,
de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Hélio Martins o
logradouro não cadastrado conhecido como Rua H – Vila do Sargento –, localizado
no Bairro Serraria.
PROC. Nº 2487/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 227/14,
de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que inclui a efeméride Dia Municipal do
Reggae no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Datas
Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre –, e alterações
posteriores, no dia 11 de maio.
PROC. Nº 2555/14 – PROJETO
DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 007/14, que institui a Zona Rural no Município de Porto Alegre e
cria o Sistema de Gestão da Política de Desenvolvimento Rural.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, tenho aqui uma novidade, Ver.
João Bosco: o Ver. João Carlos Nedel propondo a denominação da Praça Coronel
Adão Cordeiro, logradouro público cadastrado, conhecido como Praça 3731. Ver.ª
Sofia, eu acho que o Ver. Nedel, até pelo ineditismo de nomear logradouros
públicos, está fazendo uma homenagem ao Adão Cordeiro, cidadão muito
respeitado, muito popular naquela região da Cidade, muito envolvido com
trabalhos comunitários. Então acho que é merecido.
O que me traz aqui principalmente é a proposição
do Ver. Mauro Pinheiro, que concede o Título de Cidadã de Porto Alegre à Irmã
Gentila Segatto. É daquelas irmãs italianinhas, Ver.ª Sofia, de uma simpatia
fantástica. Então, eu queria cumprimentar o Ver. Mauro Pinheiro, que está
recebendo cidadãos no seu gabinete, porque a Irmã Gentila Segatto é uma mulher
fantástica e merecedora deste Título.
Outra novidade do Ver. João Carlos Nedel é o
projeto que denomina a Rua Hélio Martins o logradouro não cadastrado. Eu não
conheço o Sr. Hélio Martins; então, não vou comentar. Não tenho mais nada a
discutir sobre a Pauta, Sr. Presidente, então, prefiro ceder o tempo para
outros colegas, para ganharmos mais tempo para a discussão.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Cecchim, sempre muito gentil e
entendedor da dinâmica da Casa. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. REGINALDO
PUJOL:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu tive a oportunidade, no
início da Sessão, quando aqui se encontravam lideranças da área rural do
Município e as jovens rainhas da Festa do Pêssego, de dizer que o dia era
especial para ambos, de vez que, oficialmente, nós tínhamos, hoje, enquanto
Casa do Povo de Porto Alegre, o primeiro contato objetivo e formal com o
projeto de lei, proposto pelo Executivo Municipal, em 5 de novembro próximo
passado, que institui a Zona Rural no Município de Porto Alegre e cria o
Sistema de Gestão da Política de Desenvolvimento Rural.
A proposta, Sr. Presidente, decorre de um estudo
muito prolongado. Ainda, V. Exa. compartilhou de um momento importante, lá na
Festa do Pêssego, quando, de forma muito clara, remontou às origens dessa
discussão. E, agora, na Exposição de Motivos, de forma muito expressa, se
acentua que, ao se votar a lei que institui o Plano Diretor de Porto Alegre, se
propunha, Ver. Cassio Trogildo e Ver. Delegado Cleiton, naquela ocasião, uma
comissão que deveria, em 360 dias, propor medidas para estabelecer com clareza
o que seria zona de produção primária. Essa lei do Plano Diretor foi revisada
cinco anos depois, e essa comissão só agora, neste ano da graça de 2014, veio
produzir o seu resultado. Porque a comissão, em verdade, só foi atuar agora, no
Governo Fortunati. E fez um estudo criterioso, nós tivemos oportunidade de
debater parte dele, pedimos até às pessoas envolvidas no processo que nos
encaminhassem de antemão algumas das propostas, pois gostaríamos de aprofundar
nossa análise. Acabou que, no entusiasmo da abertura da Festa do Pêssego, o
Prefeito anunciou a vinda do projeto, que está agora sendo discutido, de forma
preliminar, nesta tarde tão movimentada para a Casa, que votou tantos projetos.
Eu quero, desde logo, acentuar o seguinte: atrás
dessa proposta, existem algumas verdades e algumas lendas. A principal delas é
que organismos do Estado e da União negaram para o produtor rural de Porto
Alegre alguns benefícios sob a alegação de que a Câmara de Vereadores havia
extinto a área rural de Porto Alegre. Isso, Ver. Delegado Cleiton, é uma
cretinice que foi feita, que deixou muita gente prejudicada. Os benefícios que
a lei possui são de estímulo à produção primária e dirigidos ao produtor; não é
necessário colocar escancaradamente que é Zona Rural se ele está produzindo em
conformidade com as regras necessárias e especialmente com produtividade
adequada, e não com um simulacro de produção primária, coisa que acontece com
muita gente que tem um sítio de lazer, que resolve plantar dois canteiros de
couve e dizer que aquilo é um estabelecimento de produção primária, e não é.
Nada contra...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. REGINALDO
PUJOL:
...Por isso, Sr. Presidente, mesmo com a limitação de tempo, eu estou aqui hoje
fazendo este primeiro debate. Eu sou absolutamente favorável a que determinadas
áreas de Porto Alegre, especialmente no Extremo-Sul, sejam estimuladas a ter
produção primária. Acho conveniente que assim seja, mas nós não podemos
desconhecer um fato: hoje quer se corrigir por outros meios aquilo que erros
muito fortes geraram na nossa Cidade. Entre esses erros, o desestímulo, contido
na Lei do Plano Diretor, para construção em determinadas áreas de Porto Alegre,
o que fez com que, em 15 anos, fossem construídas, em torna da Av. Edgar Pires
de Castro, mais residências do que em todo o Município de Porto Alegre. Então,
não pode se olhar a cidade de Porto Alegre apenas nos seus nichos, nos seus
cantões e no interesse de determinados bairros. Querem preservar, por exemplo,
de forma exagerada, a famosa memória cultural da Cidade e, de forma adoidada,
vão colocando 500 imóveis no bairro Petrópolis como sendo imóveis a serem
preservados culturalmente. Um exagero!
Por isso, Sr. Presidente, eu quero reforçar,
reafirmar e realçar o compromisso de me debruçar sobre este projeto com o maior
zelo, com o maior carinho e, sobretudo, com a maior responsabilidade de saber
dosar adequadamente onde nós, legisladores, poderemos e deveremos produzir
estímulo para a produção primária, e onde a gente deve respeitar determinadas
situações consolidadas. Eu observo que, de forma inteligente...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. REGINALDO
PUJOL:
...Agradeço, Sr. Presidente. E digo o seguinte, repetindo: eu reconheço que no
projeto – acredito eu que de forma muito inteligente – se procurou fazer várias
manchas na Cidade, reconhecendo que, em muitos lugares, existe uma certa
conturbação e que vai ter que conviver a área urbanística, ainda que rarefeita,
com a Zona Rural. Esta inteligente composição pode ser a marca positiva do
projeto e deve ser por nós atentamente cuidada. Voltarei na próxima oportunidade,
em discussão preliminar, e, quando este projeto chegar à discussão nas
Comissões, lá estarei presente para aprofundar a análise. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Pujol. O Ver. Cassio Trogildo
está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Quero
saudar o nosso Presidente, Ver. Professor Garcia; demais Vereadores e
Vereadoras, venho neste período de Pauta também para tratar do Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 007/14, que retoma a Zona Rural do Município de
Porto Alegre e cria o sistema de gestão da política de desenvolvimento rural.
Algumas pessoas anunciaram que este projeto foi amplamente trabalhado no âmbito
do Executivo, com algumas entidades, por mais de seis meses; foi o que
anunciou, inclusive, o Presidente do Sindicato Rural, Cleber Vieira.
Eu gostaria que este projeto fosse um daqueles
não que criasse nenhum cisma aqui na Câmara Municipal entre os que são contra e
os que são a favor. Acho que sempre devemos buscar o equilíbrio, e quero aqui,
Presidente Professor Garcia, propor que tenhamos uma forma de debate e
discussão, talvez amanhã, na reunião de Líderes, para que se tenha, além das
Comissões, talvez um grande seminário nesta Casa para abordar esta questão,
porque ela é muito específica, muito técnica, e, talvez, o conjunto dos
Vereadores não tenha as condições de assessoria para fazer a análise completa
do que significa este projeto. Para que nós não caiamos, aqui, numa guerra ou numa
briga, como falei inicialmente, dos que são a favor ou dos que são contra, que
a gente possa, sim, ter um acompanhamento aqui e ter, talvez, um conjunto de
seminários para que possamos ter esse projeto muito bem esclarecido: o
significa a aprovação; qual a abrangência dele. Acompanhei pela imprensa que
ele vai estar instituindo mais ou menos 8% da área de Porto Alegre como área
exclusivamente rural. Da mesma forma que veio o Ver. Pujol aqui se manifestar,
eu também quero muito fazer este debate, vou acompanhar nas comissões. O
projeto só chegou esta semana, quero me dedicar a estudá-lo, para que,
efetivamente, tenhamos uma grande avaliação do que é o melhor para a Cidade:
preservar, retornar área rural? Com certeza, um pedaço da Cidade precisa ter
essa preservação, precisa ter essa indução ou esse encaminhamento para a gestão
e o desenvolvimento das políticas rurais que nós temos instituídas na nossa
Cidade. Quero agradecer pela oportunidade e dizer que vou me dedicar muito na
discussão desse projeto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr.
Presidente, Vereadores, público que aqui nos assiste e nos assiste pela
TVCâmara. Neste período de discussão de Pauta, eu gostaria de falar de dois
projetos, um deles reforçando o que o Ver. Pujol e o Ver. Cassio falaram agora,
que é o Projeto de Lei Complementar do Executivo que instituí a Zona Rural do
Município de Porto Alegre e cria o sistema de gestão política do
desenvolvimento rural. Nós já estivemos em alguns lugares conversando com
pequenos agricultores, agricultores de produtos orgânicos e criadores. Estamos
também estudando esse projeto com toda a calma para que a gente possa ter um
voto bem consciente como queremos. Nós que moramos na zona sul temos esse
sentimento de que esse projeto tem que ser bem discutido nesta Casa. Um outro
projeto é o PLL nº 227/14, de minha autoria, que inclui a efeméride do Dia
Municipal do Reggae no anexo da Lei
10.904, de 31 de maio de 2010 no Calendário de Datas Comemorativas e
Conscientização no Município de Porto Alegre. Esse é um pedido de pessoas
envolvidas com a arte, de pessoas envolvidas com a cultura e de vários músicos
de Porto Alegre e que tem como dinâmica difundir o ritmo, uma arte que fala
principalmente das lutas da periferia. Alguém me entrevistou e disse que achou
estranho eu me vincular ao reggae
porque poderia estar me vinculando, fazendo uma divulgação da cannabis sativa. Acho que não, nada a
ver, a gente não pode resumir a isso e só a isso uma música tão bonita que traz
na sua raiz, uma raiz de cultura negra, que traz uma divulgação de uma cultura
negra de lutas, que traz uma divulgação de uma cultura negra de protestos e que
aqui em Porto Alegre existem vários grupos. Alguns também me perguntaram, em
entrevista, pelo sotaque, era carioca ou paulista, se os gaúchos conheciam reggae. Citei vários grupos de reggae daqui, inclusive pioneiros no
Brasil, parece mentira, mas pioneiros no Brasil no reggae. Para que fique bem entendido: essa é uma cultura forte que
eu gostaria que fosse disseminada, gostaria que quem faz seja valorizado, temos
aqui vários músicos, e isso é uma cultura, como eu já disse, de luta e de
empoderamento da raça negra. Então, eu gostaria que, quando viesse o projeto,
fosse bem avaliado e votado a favor. Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Delegado Cleiton. A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada,
Presidente. De fato, teremos um grande desafio, porque a importância e a
polêmica que uma retomada da Zona Rural na cidade de Porto Alegre pode causar é
evidente. Primeiro, quero sugerir, Vereador-Presidente, que a gente pudesse
chamar uma Audiência Pública, de início, pois acho que é muito importante para
a Prefeitura apresentar à sociedade, para entendermos, para decifrar. Se há
algo nessas leis do Plano Diretor que são complicadas são os mapas, que são
difíceis de decifrar, porque cada cor, cada número significa um índice
construtivo, as implicações, no que é possível construir, que tipo de atividade
é possível desenvolver, elas não estão explícitas e de fácil entendimento a
cidadãos e cidadãs. Então me parece que hoje, começando a Pauta, imediatamente,
sei que o Ver. Professor Garcia é um grande democrata, podemos chamar, ainda
temos tempo, para o início de dezembro, uma boa reunião, uma reunião que não
vai ser belicosa, mas uma reunião de exposição, de compreensão do que está
sendo proposto pelo Município de Porto Alegre.
Todos os interessados, sejam nossos produtores
rurais, sejam moradores, sejam pequenos condomínios, os condomínios que hoje
têm na Zona Sul, poderão participar, tirar dúvidas e compreender, para
inclusive ajudar os Vereadores a tomar uma posição mais segura e mais
qualificada.
O Sr. Cassio
Trogildo: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Sofia, obrigado pelo
aparte. Só para dizer que eu havia proposto anteriormente que a Casa
encaminhasse um seminário, mas gosto da ideia da Audiência Pública também, acho
que é bem positivo e me somo nesta iniciativa. Acho que a Audiência Pública
contempla.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Muito
obrigada, Vereador. Eu acho que sim, ela pelo menos abre o debate a toda a
Cidade e tenho certeza de que os meios de comunicação vão se interessar pelo
tema. E nós podemos fazer algo bastante dialogado, bastante debatido. Eu mesma
estava olhando os mapas e não tenho ainda a consequência de uma área dessas. Eu
sei que ela é muito desejada por muitas pessoas. Há hoje uma valorização que
coloca, nos empreendedores, na especulação imobiliária, um interesse especial
pelas áreas. Para a cidade de Porto Alegre é uma qualidade de vida importante,
e nos traz que pequenas chácaras de produção rural, com o aumento da produção
de alimentos sem agrotóxicos, Ver. Professor Garcia, é muito interessante, é
importante para a qualidade de vida na Cidade. Mas os produtores rurais, muitas
vezes, são seduzidos pelas ofertas de empreendedores, com a legitimidade que
têm para construírem moradias em lugares aprazíveis e que têm interesse na
Cidade também. São interesses que conflitam. E eu quero parabenizar o Governo
Municipal, porque é corajoso, pelo menos sem uma leitura mais detalhada, o
retorno à Zona Rural e ter vindo uma lei para cá. Cumpre a nós, agora,
democratizar esse debate. Eu sou favorável a que protejamos as áreas rurais,
que valorizemos, que tenhamos incentivo para manter a nossa produção rural, a
nossa produção familiar e a ampliação de hortifrutigranjeiros e o turismo rural
em Porto Alegre. Espero que esse seja o resultado desse Projeto de Lei e não
outra coisa que prejudique a população da Zona Sul. Contente com esse acordo da
Audiência Pública, encerro minha manifestação.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver.ª Sofia. Estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 18h33min.)
* * * * *